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Quando o assunto são antioxidantes, é muito comum relacioná-los a uma série de ganhos, como rejuvenescimento e reforço da imunidade. Essa associação não é feita à toa. Enquanto muitos alimentos pesam no corpo, outros têm o poder de limpá-lo. Os antioxidantes entram nesse segundo time, porque ajudam no controle de moléculas que, em excesso, são tóxicas para o organismo. A ação deles combate a temida aceleração do envelhecimento, por exemplo.
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Mão de obra do bem: trabalho voluntário também é benéfico para quem o praticaEstudo confirma que estresse deixa os cabelos brancosFazer um checape médico periodicamente é fundamental como forma de prevenção e avaliação do quadro clínicoCientistas estudam alternativas naturais para potencializar antioxidantesAtividade física é fundamental também para doentes oncológicosAmostra de saliva pode identificar a probabilidade de se desenvolver várias doençasAs substâncias antioxidantes agem sempre que uma reação bioquímica acontece, justamente para impedir a oxidação de alguns substratos. Por trás do que parece ser complicado está, na verdade, uma tarefa que é cumprida pelo metabolismo normal, nas atividades mais básicas.
O próprio ato de respirar gera radicais livres, que podem causar danos às células. A nutricionista Elissa Cunha explica: “Quando nossas células respiram, o oxigênio envolvido na reação pode levar a uma inativação enzimática, a uma mudança estrutural ou até à morte celular”. Essas substâncias tóxicas estão associadas a patologias crônicas, inflamatórias e degenerativas.
Isso não quer dizer que o melhor seja consumir o máximo de antioxidantes possível. Até os radicais livres têm função a cumprir. Muita gente acaba se automedicando na tentativa de turbinar os efeitos antioxidantes, o que pode ser um perigo.
Para se ter noção, praticar atividade física aumenta a produção de radicais livres, ao mesmo tempo em que aumenta o aparato de defesa desses radicais. Por isso, consumir substâncias a mais pode até desregular esse sistema. “Não precisa haver desespero para impedir a oxidação, para retardar processos assim. O corpo já trabalha naturalmente para isso”, alerta a nutricionista Luciana Lancha.
Aumentar o consumo de antioxidantes é uma decisão que deve partir de um profissional, no contexto certo, caso exames indiquem carência de alguma substância. “Imagine uma pessoa com excesso de vitamina A, por exemplo. Se ela a a tomar algum suplemento ou incrementar a alimentação com alimentos ricos em vitamina A pode ser até perigoso. Algumas vitaminas em quantidades elevadas podem levar à hipervitaminose e provocar sintomas tóxicos.”
Para Cristiane Teixeira, de 45 anos, a melhor forma de obter os antioxidantes de que o corpo precisa é colocando variedade no prato: verduras cruas, vegetais escuros, óleo de coco, beterraba, cenoura – cardápio bem diferente do que costumava seguir. Ela conta que, por anos, manteve uma alimentação cheia de alimentos processados e muita batata frita.
Depois da mudança alimentar aliada à prática de pilates e musculação, mais que perder alguns quilos, Cristiane se sente mais disposta e também percebe melhorias na pele. “Ela parece muito mais nutrida, essa foi uma das mudanças mais significativas”, diz.
A bióloga faz parte do grupo que usa suplementação para incrementar as propriedades antioxidantes. Para ela, o consumo das cápsulas é aliado da boa saúde. A fórmula prescrita pela nutricionista combina vitaminas e alguns minerais, e Cristiane os consome diariamente.
SUPLEMENTAÇÃO “Não necessariamente o indivíduo com algum déficit nutricional deverá compensar essa baixa disponibilidade com cápsulas”, ratifica Elissa Cunha. De acordo com a nutricionista, apesar dos múltiplos ganhos que a suplementação pode proporcionar, o melhor mesmo é evitar consumir altas doses por longos períodos de tempo e dar preferência às fontes alimentares.
E mesmo quando a ingestão de cápsulas é recomendada por um profissional, múltiplos fatores influenciam a correta absorção dos nutrientes. É preciso ficar atento. Elissa explica que alguns pacientes podem apresentar alergia a corantes, que, frequentemente, aparecem na composição das cápsulas. “Nesse caso, boas alternativas são as cápsulas de clorofila ou de tapioca”, aconselha.
Quando o intestino não funciona corretamente, a estratégia é ingerir cápsulas que sejam gastrorresistentes. Dessa forma, o conteúdo é absorvido sem prejudicar o trato gastrointestinal.
* Estagiária sob a supervisão da subeditora Sibele Negromonte