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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi exonerado nesta quinta-feira (31/3) depois de dois anos à frente da pasta no governo de Jair Bolsonaro. Depois de se filiar ao partido do presidente, o PL, Camargo dá indícios de que deve se candidatar a algum cargo político nas próximas eleições.
À frente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo adotou medidas polêmicas. Ele propôs a mudança do logotipo da autarquia, alegando na época que fazia referência ao candomblé. Durante sua gestão, praticamente zerou o processo de reconhecimento de territórios quilombolas, uma atribuição da autarquia.
Jornalista, ele se apresenta como negro de direita e apoiador incondicional de Bolsonaro. "Negros honrados apoiam Bolsonaro", afirma.
Em 3 de dezembro de 2020, sob a orientação dele, a fundação retirou homenagens a 27 personalidades, entre elas Elza Soares, Martinho da Vila, Milton Nascimento e Gilberto Gil, as escritoras Conceição Evaristo e Sueli Carneiro, o atleta Joaquim Carvalho Cruz e a ambientalista Marina Silva.
Ele adotou posições polêmicas no perfil das redes sociais. Um dos episódios foi afirmar que uma academia foi "racista contra pessoas brancas". O posicionamento de Camargo foi contra uma campanha da academia realizada no mês da consciência negra. Também usou a rede para atacar a jornalista Maju Coutinho, dizendo que ela era uma "preta de coleira". Diante da polêmica, ele apagou a publicação.
Camargo também foi indiciado pelo Ministério Público do Trabalho por ser acusado de praticar assédio moral contra os funcionários da Fundação de Palmares.
Exonerações 2a2a3h
Outros integrantes do governo Bolsonaro deixaram o cargo, entre eles o secretário da Cultura, Mário Frias.
Outros nove ministros deixaram os cargos para se candidatar. A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves e a ministrao da Agricultura Tereza Cristina devem concorrer ao Senado.
Devem concorrer ao governo, o ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que quem deseja se candidatar nas próximas eleições devem deixar os cargos até 2 de abril.