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Como BH ajudará em rede de proteção a patrimônios da humanidade 4ws3t

Congonhas - Foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 28/6/18 272x4x


Esforço coletivo e inédito no país na tentativa de evitar incêndios em prédios históricos e garantir a integridade do patrimônio das quatro cidades mineiras com núcleos e monumentos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Diante da tragédia no Museu Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), que completa hoje 10 dias, a superintendência em Minas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai coordenar uma rede de prevenção e proteção que deve articular autoridades e servidores de Ouro Preto e Congonhas, na Região Central, de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e de Belo Horizonte. “Vamos treinar pessoal para agir ao menor sinal de fogo. Queremos mobilizar não apenas servidores de museus, mas também de arquivos e outros edifícios públicos, zeladores de igrejas e de capelas e outros interessados da sociedade civil”, disse, ontem, a superintendente da autarquia federal no estado, Célia Corsino. Uma vez instalada e funcional, a experiência tende a ser expandida para outras cidades do estado.

Ao presidir, na tarde de ontem, uma reunião com representante das cidades – com exceção de Diamantina, cujas autoridades mandaram, por escrito, suas diretrizes para prevenção de incêndios no Centro Histórico –, Célia explicou que o objetivo é mobilizar as equipes até o fim do ano. “Queremos ar informações práticas que podem salvar o patrimônio. Por exemplo, quem um zelador deve acionar no caso de sinais de um incêndio, como desligar equipamentos, e, claro, alertar sobre os perigos, além de adotar ações emergenciais.
São procedimentos básicos e essenciais”. As frentes de trabalho incluem medidas mais imediatas, como o treinamento, e também de médio prazo, como revisão e requalificação de projetos, e de longo prazo, com a implantação de medidas estruturantes identificadas como necessárias.

Diamantina - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS - 20/4/18

Para a superintendente, é hora de “botar a boca no trombone”, ou seja, denunciar o que estiver em risco para evitar um mal maior. Ela lembrou que “o cobertor é curto” em termos de recursos, mas é preciso buscar saídas. “É preciso que as pessoas gritem sobre a degradação do patrimônio, mas é preciso também que esse grito seja bem alto, para ser ouvido”, afirmou. A iniciativa terá como referência para proteção do patrimônio um projeto desenvolvido em BH,  em parceria com o Corpo de Bombeiros, que foi apresentado pela presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin.

Sobre os recursos para o treinamento, Célia Corsino esclareceu que fará contato com o Corpo de Bombeiros e vai buscar verbas no próprio Iphan e no Ministério da Cultura: “Precisamos observar que a prevenção do patrimônio não é feita de forma isolada.
De que adianta proteger um prédio histórico se a construção ao lado não está segura">
Ninguém está querendo romper o diálogo, mas já que colocaram a mão no nosso caixa, vamos lá discutir melhor essa questão. Não vai levar assim tão facilmente”, afirmou, em coletiva de imprensa.

Na segunda, o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, defendeu o remanejamento de recursos e disse que o governo “optou por usar recurso público para que se faça reforma estrutural nos museus” e “optou por usar recursos de forma mais eficiente”. “Avaliamos que o recurso que resta ao Sistema S é suficiente”, disse, ao ser questionado sobre possíveis perdas do Sebrae com a medida.

 

 

Justiça federal mantém abertas seis unidades sem alvará 43iv


 

A juíza da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Geraldine Pinto Vidal de Castro, negou o pedido para fechamento de seis museus federais que, segundo o Ministério Público Federal, estão sem alvará expedido pelo Corpo de Bombeiros. A magistrada afirma ver “prejuízo maior” em “medida drástica” como as interdições “tanto para a população em geral quanto para os funcionários”. O Ministério Público Federal (MPF) no Rio moveu ação para a interdição imediata do Museu da República, Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Museu Villa-Lobos, Museu da Chácara do Céu e Museu do Açude até que medidas de prevenção contra incêndios e pânico sejam implementadas. A juíza acolheu parcialmente o pedido liminar, determinando que o órgão responsável pelos equipamentos culturais “comprove as ações já realizadas no Programa de Gestão de Riscos ao Patrimônio Musealizado Brasileiro, (…) para a regularização do funcionamento de cada um dos museus”, e que sejam feitas inspeções nas edificações quanto às atuais condições das instalações elétricas e hidráulicas. 

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