- Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press A provável mudança nos critérios de avaliação de barragens e o temor de assumir a responsabilidade técnica pela estabilidade de represas, especialmente as de rejeitos de minério, tornam provável que sirenes voltem a soar, determinando evacuação imediata de comunidades em outras cidades de Minas. A retirada de moradores de Brumadinho, Barão de Cocais, Itatiaiuçu e, agora, de São Sebastião das Águas Claras (Macacos), em Nova Lima, pode ser apenas o início de uma sequência de ações preventivas, diante da preocupação com possível rompimento dessas estruturas. O alerta é de especialistas, que chamam a atenção para as consequências do aumento da produção do minério de ferro e da falta de uma política estadual de acompanhamento da situação dessas estruturas. Em declaração dada ontem, o governador Romeu Zema (Novo) também considerou que, se a legislação atual se mantiver, o estado pode ter dezenas de cidades com pessoas retiradas de suas casas nos próximos meses. Porém, ele avaliou que os últimos alertas criaram reações “além do recomendável”. 1d1q4v
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Vale e prefeitura não comparecem à reunião de moradores em MacacosBrumadinho: Ministério da Saúde vai tratar profissionais de resgate por 20 anosMP desmente deputado e critica projeto das barragens que pode ser votado nesta semanaComerciantes de Macacos e defensores públicos discutem perdas do turismo do vilarejoComissão externa de Brumadinho ouve Ibama, TCU e ANAVale destina R$ 2,6 milhões para ampliar assistência humanitária em BrumadinhoUrina de foliões vai virar adubo para jardins de Belo HorizonteEntradas para o distrito de Macacos são parcialmente liberadas nesta terçaCaos na entrada de alunos agrava gargalos no trânsito na MG-030Moradores de Macacos começam a semana fora de casa e desnorteadosSegundo o professor, desde 2006 a universidade tenta mostrar que dá para transformar o conteúdo de barragens em cimento, areia, entre outros materiais, além de recuperar o ferro. Teses desenvolvidas ao longo desse tempo reforçam os alertas. “Estamos falando sobre isso há muito tempo, mas a produção de minério de ferro triplicou, o estado exportou bilhões de reais e, como consequência óbvia, foram gerados milhões de toneladas de rejeitos. Barragens que foram construída para ter determinada capacidade começaram a ter volumes maiores e, agora, estamos vendo o que isso tem acarretado: caos e pânico na população”, ressalta.
Evandro da Gama defende o uso do rejeito na forma industrial em escala, a exemplo da China, que aproveita 25% dos resíduos de barragem. “E exporta para nós, em forma de diversos produtos. No Brasil, vamos continuar na relação extrativista com o planeta Terra"> - Foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press
Barão de Cocais: 492 pessoas retiradas de suas casas
Itatiaiuçu: 166 pessoas retiradas de suas casas
Fonte: Defesa Civil/MG.