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Em meio às tragédias e estragos causados pela chuva dos últimos dias são muitas as críticas e as cobranças para que a Prefeitura de Belo Horizonte cancele o carnaval na capital. Pressionado, o prefeito Alexandre Kalil garantiu que o calendário da festa em Belo Horizonte está mantido. Nas redes sociais, o posicionamento fez o nome do prefeito ser um dos assuntos mais comentados do país. No entanto, entra ano, sai ano, a polêmica continua: afinal, quem paga pelo carnaval de BH?
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Kalil, prefeito de BH: ''Vai ter carnaval, sim. O povo é obrigado a só sofrer?''Carnaval BH 2020: Enfeites que serão tendência nas ruasVídeo: Vencedor do carnaval de BH, bloco doa prêmio para compra de cestas básicasBlocos de BH correm contra o tempo para arrecadar dinheiro para desfiles de carnavalCartilha critica folião com 'fantasia de índio' e peruca black power em BHChuva dá trégua e foliões fazem esquenta em ensaios de blocos de carnavalDesse montante, R$ 6 milhões são reados em verba direta e R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços, captado por meio de Edital de Patrocínio. Todo o orçamento da Belotur é proveniente de investimento privado. Esse dinheiro é utilizado na contratação de músicos, na subvenção (auxílio) de blocos e escolas de samba e em toda a estrutura dos palcos espalhados pelas regionais da cidade durante o evento, por exemplo.
Blocos de rua 2p6f6p
Do valor total do patrocínio, R$ 850 mil são destinados aos blocos de rua. Desfilando pela Avenida Afonso Pena e arrastando uma multidão de pessoas desde 2017, o bloco Quando Come se Lambuza foi contemplado pela primeira vez no edital que concede esse auxílio financeiro. O valor recebido por cada bloco varia de R$ 3,5 mil a R$ 12 mil, dependendo da categoria inscrita no edital.
Mapa dos blocos de rua do carnaval de BH 2020 162b3f
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E não é à toa que os patrocinadores têm escolhido Belo Horizonte como vitrine de suas marcas no carnaval. Em 2019, o número de turistas na cidade foi 204 mil. Em média, os visitantes participaram de 4 dias do evento e cada um teve um gasto médio diário, de R$ 179,58, totalizando R$ 718,32, em média, durante todo o evento.
Para Christiano Ottoni, a festa é uma das grandes responsáveis pela economia sazonal da cidade, por aquecer a rede hoteleira, o comércio e a cena cultural da capital. “Quando você ocupa a cidade você movimenta a economia, gera emprego, gera visibilidade no cenário nacional. A gente continua fazendo carnaval por isso. O carnaval transformou Belo Horizonte e a gente vê isso no dia a dia, no retorno econômico para a cidade e para os milhares de ambulantes que recebem uma grana extra nesse período.”
Solidariedade 6x3458
Para tentar minimizar os impactos das chuvas nas milhares de vidas afetadas pelos temporais que atingiram a capital, blocos como o Ziguiriguidum, Tchanzinho ZN, Volta Belchior, Baianas Ozadas, Bloco de Belô e Quando Come se Lambuza têm feito a sua parte, se mobilizando e mostrando que, além de entender de folia, também sabem tudo de empatia e solidariedade.
Nas redes sociais, os blocos têm divulgado campanhas de arrecadação de donativos e aproveitado os ensaios para arrecadar alimentos, água, material de higiene pessoal e de limpeza para enviar as vítimas da chuvas.
Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves