Jornal Estado de Minas 544d6j

WASHINGTON

Nível de CO2 no ar é 50% maior do que da era pré-industrial, diz agência dos EUA r5f2r

A concentração de CO2 na atmosfera atingiu em maio um nível 50% superior ao da era pré-industrial, e que não era visto na Terra há cerca de 4 milhões de anos, alertou uma agência norte-americana nesta sexta-feira (3). O aquecimento global causado pelo homem; mais especificamente pela produção de eletricidade com energias fósseis, transportes, produção de cimento ou desmatamento; é responsável por esse fenômeno, destacou o Escritório Nacional de istração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).O mês de maio é geralmente aquele com as maiores taxas de dióxido de carbono a cada ano.Em maio de 2022, foi ultraado o limite de 420 partes por milhão (ppm), unidade de medida utilizada para quantificar a poluição do ar. Em maio de 2021 essa taxa era de 419 ppm e 417 ppm em 2020.Essas medições são estabelecidas pelo observatório Mauna Loa, no Havaí, idealmente localizado na altura de um vulcão, o que lhe permite não ser influenciado pela poluição local.Antes da revolução industrial, o nível de CO2 constantemente pairava em torno de 280 ppm durante os cerca de 6.000 anos de civilização humana que a precederam, de acordo com o NOAA. O nível alcançado hoje "é comparável" ao que era "entre 4,1 e 4,5 milhões de anos atrás, quando os níveis de CO2 estavam próximos ou (eram) acima de 400 ppm", completou a agência em comunicado.O nível do mar na época era de 5 a 25 metros mais alto, o suficiente para que muitas das grandes cidades de hoje ficassem submersas. E vastas florestas ocupavam regiões do Ártico, segundo estudos.O CO2 é um gás de efeito estufa que retém o calor, fazendo com que o planeta aqueça lentamente. Persiste na atmosfera e no oceano por milhares de anos.Este aquecimento já está tendo consequências dramáticas, lembrou o NOAA, incluindo a multiplicação de ondas de calor, secas, incêndios ou inundações."O dióxido de carbono está em níveis que nossa espécie nunca conheceu no ado, e não é algo novo", disse Pieter Tans, cientista do NOAA, segundo o comunicado. "Sabemos disso há meio século e não fizemos nada significativo (sobre isso). O que é preciso para acordarmos?" 4sd5p