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Por muito tempo, falar de suicídio foi visto como um grande tabu e, apesar de o assunto ainda ser delicado, hoje em dia é mais comentado, principalmente durante o mês de setembro, quando é colocada em evidência a importâmcia da conscientização sobre o suicídio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos há um caso de suicídio ao redor do mundo. Uma pessoa em situação suicida, de forma geral, perdeu a esperança na vida, por isso, o apoio é fundamental. “O e no momento de dificuldades impostas pelo desejo de morrer é essencial, mas não exclui a urgência de acompanhamento especializado, como de psicólogos e psiquiatras”, explica Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica.
“O suicidio é ainda um tabu, pois muitas pessoas não o compreendem e há muito preconceito que envolve a problemática, fato que faz com que os pacientes não procurem ajuda, pois muitos deles sentem vergonha ao falar sobre o assunto", alerta o psiquiatra.
A prática é censurada, pois muitos indivíduos associam o suicídio a um ato egoísta - e esse pensamento gera um sentimento desconfortável, que causa sensação de incômodo e, portanto, a exclusão da temática. "Não falar sobre suicidio não irá fazer com que ele seja extinguido, muito pelo contrário. O correto é discutir a questão para que a desinformação seja combatida, mas isso tem que ser feito do jeito correto, sem romantizar ou banalizar o problema", complementa o médico.
Sendo assim, o psiquiatra discute alguns sinais que podem ser indício de que alguém possa estar inserido em um contexto suicida. “Cada caso é um caso e a generalização de ações é impossível, porém, algumas características se assemelham em múltiplas circunstâncias. Lembrando que a análise deve ser feita sempre por um especialista e que, em todos os cenários sérios, é preciso acompanhamento médico".
1- Atenção às palavras - não é só o corpo que fala 6p513j
Devido à psicofobia e também à romantização de obstáculos problemáticos à saúde mental, é comum nos deparamos com brincadeiras que envolvem frases como “quero me matar”, “nao o mais viver”. Por causa dessa banalização, palavras como essas podem ar despercebidas pela sociedade e, em muitos casos, envolvem uma questão séria e são invalidadas. Portanto, como diferenciar ações verbais que se referem ao suicídio de uma “brincadeira”, mesmo que de mau gosto?
Nas palavras de Ariel Lipman: "A maneira como o indivíduo fala, a entonação de suas palavras e o cenário atual em que a pessoa está inserida deve ser avaliado. De todo modo, quando alguém diz “quero morrer”, seja como piada ou não, a frase refere-se sempre a um desconforto. A diferença é que depende de como a pessoa lida com a situação: pode estar elaborando bem, o que é visivelmente colocado, ou há a possibilidade de estar inável sustentar a vida".