
Quantas Melissas ainda vamos perder?
É humanamente impossível qualquer família vigiar as crianças e adolescentes 24 horas por dia
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Quando a gente diz que a série Adolescência é muito real, muitos não acreditam que um adolescente seja capaz de matar uma colega de classe por um motivo torpe, muito menos crê que essa é uma realidade muito próxima de todos nós. Até que o que vemos na série se torna real, em 08 de maio a adolescente Melissa Campos, de 14 anos, foi atacada por um colega da mesma idade, na escola, dentro da sala de aula, durante a aula. Melissa morreu no local. Quantas Melissas ainda vamos perder antes de entender que a questão precisa de ações coletivas urgentes?
Ensinem seus filhos que eles podem chorar, mostrem que eles podem confiar em vocês, que vocês, pais, estão dispostos a ouvi-los. Eles precisam ser ouvidos. Nós precisamos conhecê-los, saber o que eles estão sentindo, validar esses sentimentos. É preciso saber o que eles am na internet, que tipo de conteúdo eles consomem, sobre o que conversam. Adolescentes precisam de limites, de diálogo e de acolhimento. E talvez isso ainda não seja suficiente, e se não estiver, que se busque tratamentos para a saúde mental.
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Vivemos em sociedade e temos leis que regem esse convívio, as redes sociais são terra sem lei, e essa falta de regras tem consequências sérias para todos nós. Os conteúdos de ódio vêm empacotados nos conteúdos “infantis”, “apropriados”. E é humanamente impossível qualquer família vigiar as crianças e adolescentes 24 horas por dia, a única forma seria proibindo o o completamente, mas e quando eles estão com outros amigos que am? E quando os próprios pais transformam seus filhos em criadores de conteúdo? As big techs têm condições de contribuir e colaborar, mas não se interessam por isso, porque lucram com a nossa dor. O Estado precisa intervir.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.