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Helvécio Carlos
Helvécio Carlos
Com 30 anos dedicados ao jornalismo, com agens por emissoras de rádio e assessoria de imprensa, é desde 2001 titular da coluna Hit, do jornal Estado de Minas. Entre 2011 e 2017 foi editor da revista Hit, publicação de lifestyle.
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Músico mineiro que mora em Estocolmo, na Suécia, lança primeiro disco solo

Luís Couto, que integrou a banda Devise, gravou as primeiras músicas de 'Rosário' em 2024. O disco chega em 22 de abril às plataformas digitais

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Dois anos depois do fim da banda Devise, Luís Couto, que desde então mora em Estocolmo, na Suécia, está de volta com seu primeiro disco solo, “Rosário”, que será lançado em 22 de abril nas plataformas digitais. Luís conta que o processo criativo do álbum começou com o seu distanciamento total da criação. “Pela primeira vez na vida em mais de 10 anos como artista, tirei uma espécie de férias da música”, afirma. “Depois do fim da Devise, percebi que estava esgotado por nunca ter parado. Sou aquela pessoa que pega o violão todos os dias para criar alguma coisa. Somando isso aos compromissos que a gente tem quando produz um projeto musical mais sério, acaba sendo muita coisa. Então, resolvi ficar um tempo sem tocar” diz.

Foram mais de seis meses sem nem sequer encostar em um instrumento musical. “Sabia que não queria a mesma coisa que fazia anteriormente. Queria explorar sons e estéticas que não tinha explorado. Não quis negar a minha história, mas me desafiar e me redescobrir. Para isso, voltei às minhas raízes e à minha origem”, explica.

• ORGULHO

A mudança para Estocolmo trouxe dois impactos: o climático e o cultural. Isso fez com que Luís Couto se sentisse mais brasileiro. “Ainda não falo o idioma daqui. Não sei se um dia vou falar. Vivo 'em inglês', e dá para ser assim, porque grande parte das pessoas também fala (a língua inglesa). Mas na rua, no supermercado, em qualquer lugar, é tudo em sueco. Quando você olha para as coisas e não entende nada, ou quase nada, você acaba olhando mais para si mesmo, e aí percebe como é diferente deles. E que bom que somos o que somos”, afirma.

• CLUBE DA ESQUINA E JORGE BEN

Apesar dos problemas de adaptação, o músico se diz orgulhoso em perceber ainda mais o quanto o brasileiro é um povo incrível, sem igual no mundo. “Por mais clichê que isso possa soar, quanto mais tempo o aqui, mais penso assim. Encontrei aí o ponto de virada para meu projeto solo. Quis trazer para meus novos sons, para a minha identidade já formada como compositor com tantos trabalhos lançados, a influência da música brasileira e sul-americana de maneira mais clara. E aí vêm Clube da Esquina, Jorge Ben, Sui Generis e tantos outros artistas incríveis do nosso continente se misturando ao rock britânico e alternativo que foi o ponto de partida pra muita coisa que fiz na minha carreira”.

• AMIZADE

Luís revela que foi muito diferente trabalhar no primeiro disco solo, depois de se acostumar com a rotina da banda. Mas gostou e aprendeu muito. “Pude contar com a participação de amigos incríveis e muito talentosos, mas coloquei a mão na massa em todos os arranjos, de todos os instrumentos. Mesmo os que não toquei, opinei bastante. Geralmente, já trazia uma ideia inicial tanto de arranjo quanto de timbre e de estética. Queria que fosse assim o meu primeiro trabalho solo. Eles superentenderam e apoiaram. Tive pessoas maravilhosas comigo – da concepção e gravação até a finalização. Por mais que fosse solo, teve bastante troca de ideias. Isso ajuda muito, porque às vezes você se sente sozinho para tomar as decisões”, pontua.

• “MOINHOS”

A trajetória com a Devise influenciou o novo trabalho. “Por mais que soe diferente, tem minha identidade ali, formada quando era o compositor e vocalista da banda. É tudo muito novo, mas não me sinto começando do zero. Tem muito do Luís da Devise. Morro de saudade da gente juntos, tínhamos amizade muito rara ali. Ainda tem”, comenta. “Abro o disco com 'Moinhos', uma carta para eles, falando da força e da vontade que o nosso povo tem para desbravar as coisas. Ao mesmo tempo em que me sinto forte, é muito difícil fazer música sem eles.”

• QUEM É QUEM

“Rosário” reúne Carolina Rodrigues (violoncelo); Crase, Edu Gonçalves e Gabriel Corrêa (bateria e percussões); André Carvalho, Bruno Retes, Cebola e Luiz Paiva (contrabaixo); Bernardo Cipriano e Luís Couto (piano e teclados); Lucas Bonza e Luís Couto (violões e guitarras); Bernardo Bauer, Felipe D’Angelo, Juliano Rosa e Rafa Bicalho (engenharia de gravação); Leonardo Marques (Ilha do Corvo), exceto em “Postal”, por Felipe D'Angelo (mixagem e masterização). Renato Tavares e Gabriel Caetano assinam fotos e design gráfico.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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