Depois de Tite trabalhar com o filho, “Titinho”, na Seleção Brasileira e no Flamengo, Dorival Júnior também fazer o mesmo no Flamengo e Seleção Brasileira, chegou a vez de Carlo Ancelotti, técnico italiano contratado pela CBF, ter na sua comissão técnica o filho. Virou moda e os clubes e confederações aceitam ivamente. Que história tem os três rapazes no futebol para ocuparem cargos de tamanha importância? Jogaram bola? Foram campeões onde? “Chuparam laranja” com quem? Com essa proteção aos filhos, os treinadores impedem que profissionais preparados para a função de auxiliar técnico possam crescer e aparecer. Imaginem se a moda pega, como o nosso futebol vai ficar? Confesso que eu ficava irritado ao ver “Titinho” (foto) dar instruções a Neymar, Rodrygo e Vini Júnior durante a Copa do Mundo do Catar. Que história, e prerrogativa, tem esse sujeito, para exercer tal função? Ancelotti é um grande treinador, campeão de tudo nos gigantes europeus, mas seu filho não tem história, nem histórico, para ser auxiliar técnico da Seleção Brasileira.

 

GRAMADO SINTÉTICO É CONDENÁVEL


Os grandes ex-jogadores e os principais jogadores da atualidade, em sua maioria gigantesca, condena os gramados sintéticos. Enquanto na Europa, onde o futebol é levado a sério, a grama natural é exigência e os gramados são muito bem cuidados, no Brasil os clubes estão na contramão da história ao adotar o gramado artificial. Dudu, agora no Atlético, e que criticou o gramado sintético do Palmeiras, alegando ter “sofrido a contusão no joelho, que o afastou dos gramados por um ano”, terá que se adaptar ao novo piso sem reclamar. Palmeiras, Botafogo, Athletico-PR e Atlético têm gramados sintéticos em seus estádios. A CBF, entidade que anda desmoralizada e sem credibilidade, deveria proibir, mas, como o futebol brasileiro está na lama e a cada dia mais distante das coisas boas que acontecem na Europa, tudo é permitido aqui.


FAIR PLAY FINANCEIRO

A expressão é bonita, e no Brasil, há 10 anos, prometeram que aplicariam essa regra ao nosso futebol, para evitar a disparidade financeira entre as equipes. Mas isso jamais aconteceu. A CBF disse, à época, que “em caso de atraso na remuneração dos atletas, determinaria que os clubes perdessem três pontos”. Somente Santa Cruz e Sport, quando foram rebaixados, sofreram tal punição. A realidade é bem diferente do que a proposta pela entidade, pois os efeitos e punições são irrisórios. A norma até existe, mas ninguém cumpre. Se houvesse seriedade, o Corinthians estaria rebaixado e impedido de disputar seus jogos. Deve mais de R$ 2 bilhões, atrasa salários todos os meses e não vê solução. Clubes contratam jogadores, não pagam e a bola de neve só aumenta. Não à toa, Flamengo e Palmeiras são os campeões de quase tudo nos últimos 10 anos. Clubes organizados financeiramente, com gestões austeras, sérias e comprometidas. Infelizmente, o futebol brasileiro está se transformando no espanhol, onde Barcelona e Real Madrid dividem as taças, e vez ou outra o Atlético de Madrid entra no meio.


TÉCNICO EUROPEU TEM OUTRA VISÃO


Os técnicos portugueses dão aula de organização, de critério e de como gerir uma equipe de futebol. Abel Ferreira, com todo o seu temperamento forte, tem feito um trabalho gigantesco no Palmeiras, revelando jogadores, contratando pontualmente e dando um grande lucro ao seu clube. É um exemplo a ser seguido, exceto no comportamento à beira do campo. Jorge Jesus deixou um legado gigantesco no Flamengo. Agora, Leonardo Jardim, também português, estrutura o time do Cruzeiro, atua como técnico e manager, e já direciona contratações e dispensas de forma que o clube esteja sempre preservado. O presidente Pedro Lourenço e o vice Pedro Junio, ambos donos do clube, deram carta branca a Jardim para conduzir as contratações e dispensas, de acordo com o que planeja para o time. Eles confiam e iram o trabalho do Mister, que já mudou a cara do Cruzeiro em tão pouco tempo. Já os técnicos brasileiros não têm projetos, não sabem se comportar como gestores e só pensam em montar time, ganhar a fortuna que ganham e ficar pulando de um clube para o outro. E ainda há quem fique chateado quando a gente critica a postura dos treinadores brasileiros, que perdem espaço a cada dia.


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