A China Azul lotou o Gigante da Pampulha, ou “Toca 3”, como gosta de chamar a torcida cruzeirense. Jogo de uma torcida só, num horário indecente. Em campo, um Cruzeiro brigando pela vice-liderança e um Atlético Mineiro em busca de uma melhor colocação na tabela. Começou mal, ganhou do Fluminense e deixou a zona de rebaixamento. Já o Cabuloso, teve uma recuperação gigantesca, com o comando do futebol mudando para o vice, Pedro Júnio, e a carta branca ao treinador, Leonardo Jardim.

O empate em 0 a 0 acabou sendo injusto para o Cruzeiro e um ótimo resultado para o Atlético. O Cruzeiro teve volume de jogo impressionante e criou as melhores chances. Vários escanteios, uma bola no travessão, chutada por Lucas Silva e um domínio amplo.

O Atlético Mineiro não criava nada, se defendia, e não havia jogadas trabalhadas no ataque. A marcação azul era forte. Não fosse um chute de Rony, que Cássio segurou, e o ataque alvinegro aria em branco. Hulk, como sempre, reclamava muito. O Atlético Mineiro saiu no lucro com o empate em 0 a 0, no primeiro tempo.

O ritmo não mudou no segundo tempo. Só dava Cruzeiro. Lyanco segurou Fabrício Bruno na área. Se aquilo não foi pênalti, não sei mais o que é. Que volume de jogo do Cruzeiro. Uma partida impecável e já merecia o gol. O Atlético, com postura bem defensiva, arriscava os contra-ataques.

Chegou a hora de Bolassie na vaga de Wanderson. Gabigol foi chamado aos 38 para entrar na vaga de Christian. Nada mais aconteceu, e o 0 a 0 acabou sendo injusto para o Cruzeiro e lucro para o Atlético. O Cabuloso fica em terceiro lugar na tabela, com uma grande campanha.


SAMIR XAUD

A eleição na CBF, no próximo fim de semana, terá candidato único. Samir Xaud, presidente eleito da Federação de Roraima, cujo pai ficou 40 anos no poder, será eleito, junto com a vice Michelle Ramalho, primeira mulher a ocupar um cargo de vice na entidade. 25 federações am manifesto apoiando a chapa, e, dessa forma, Reinaldo Carneiro Bastos, da FPF, não conseguiu lançar chapa.

As federações têm peso 3 e os clubes da Série A (Peso 2) e da B (peso 3). Dessa forma, ninguém conseguirá mudar o quadro, a não ser que o estatuto seja modificado. Samir promete renovação, transparência e modernização do futebol brasileiro. Xaud é jovem, tem 40 anos, médico e terá a chance de modificar o atual quadro do futebol brasileiro e tirá-lo da lama em que se encontra.

Se eu fosse ele, chamaria um campeão mundial para fazer parte de sua equipe, alguém que entende de gestão, como o pentacampeão Gilberto Silva, por exemplo. Ele tem muito a contribuir e seria a visão de um ex-jogador, para que o nosso futebol sofra uma mudança de cima para baixo.

Se eu fosse Xaud, também mudaria a eleição na entidade, e daria peso 3 aos clubes e 2 às federações, pois são os clubes os protagonistas e não as federações. Se ele quer transparência, deveria começar por esse tópico. Não o conheço, mas conheço muito bem seu pai. Espero que ele faça grande gestão. Se acertar, será elogiado, caso contrário, criticado no mesmo tom.

 

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