
O sonho de uma mãe se torna realidade
"Ser mãe não vem com manual, é um aprendizado diário. Cada família tem seu ritmo. Por isso, o mais importante é caminhar junto"
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Em homenagem ao Dia das Mães, no domingo (10/4), conto abaixo a história da mãe de primeira viagem Lais Valentin.
Lais vive, neste mês de maio, um momento que parece ter sido escrito à mão por Deus: o seu primeiro Dia das Mães. Ao lado do pequeno Arthur, de apenas nove meses, e do marido Felipe, ela celebra a realização de um sonho. Um sonho que custou lágrimas, esperas, orações e que, agora, transborda em forma de amor.
"Ser mãe sempre foi o meu maior sonho", contou Lais, com a voz embargada de emoção e maturidade. "Tentamos engravidar por quase três anos. ei por duas perdas dolorosas e, a cada teste negativo, era como se meu coração quebrasse mais um pouco."
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Foi assim, entre esperança e dor, que a fé de Lais se fortaleceu. Ela descobriu que a maternidade, mais do que uma chegada, é uma travessia. Quando finalmente o teste deu positivo, ela descreve: "O tempo parou. Senti felicidade, alívio, gratidão, mas também medo. Uma voz dentro de mim dizia: 'Vai ser diferente dessa vez'".
E foi. Arthur chegou. E com ele, uma nova versão de Lais nasceu. “Tudo mudou. Tudo mesmo. Eu me tornei uma mulher mais forte, mais protetora, mais cuidadosa. Hoje, até ir à padaria exige planejamento”, diz rindo. O humor de mãe exausta, mas feliz, aparece nas entrelinhas do seu relato.
Ela relembra o primeiro momento em que pegou Arthur nos braços com um brilho especial nos olhos: “Foi como sentir o abraço de Deus. Cantei para ele a música com que o embalei durante toda a gravidez, ‘A Bênção’, e ele parou de chorar. Era como se ele me reconhecesse”.
A mãe e a mulher
Lais não é apenas mãe. É também profissional, mulher e esposa. Nesse universo com vários ângulos, o desafio é constante. Trabalhando de casa em tempo integral, ela se desdobra entre reuniões e mamadeiras, entre prazos e sonecas do bebê. “A rotina é puxada, mas vale cada segundo. Ter minha família por perto ajuda, mas conciliar tudo exige dedicação e escolhas conscientes todos os dias.”
Ela faz questão de compartilhar uma mensagem especial para mulheres que ainda estão no caminho da espera: “Ore e creia. Eu também achei que não conseguiria, mas entendi que não seria no meu tempo, e sim no tempo certo. E esse tempo chegou, ele estava me preparando”.
Quando a voz masculina também abraça
Em uma das perguntas, quem responde é Felipe, o marido. Um gesto simples, mas poderoso: mostrar que a paternidade também tem voz, sentimentos e aprendizado. “Ser mãe e pai é algo que se aprende junto. Não é competição, é parceria. É preciso manter o relacionamento forte, com empatia e diálogo. Apoio mútuo é o que faz a diferença, tanto com o bebê quanto entre nós dois como casal.”
A fala de Felipe é um convite aos homens: estejam presentes. Não apenas para trocar fraldas ou ajudar nas madrugadas, mas para compreender o universo emocional da mulher que acabou de se tornar mãe. É um pedido para que pais estudem, observem, escutem e acolham. Para que sejam parceiros, não apenas nas tarefas, mas também no silêncio, no medo e na alegria.
Para outras mães e pais
Lais finaliza com um conselho cheio de sensibilidade: “Mães de primeira viagem precisam de apoio, paciência e compreensão. Ser mãe não vem com manual, é um aprendizado diário. Cada família tem seu ritmo. Por isso, o mais importante é caminhar junto”.
Neste Dia das Mães, que a história de Lais inspire outras mulheres a não desistirem dos seus sonhos, e que inspire também homens a estarem mais próximos, mais conscientes e amorosos nesse papel tão importante. Porque mais do que gerar, é preciso sustentar com amor. E Lais, Felipe e Arthur mostram que a beleza da família está justamente aí: na fé, na parceria e na delicadeza dos começos.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.