
Aposta na descoberta de novos usos para o nióbio
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Completando 70 anos em outubro deste ano, a Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM) está investindo para dar novos usos ao nióbio, metal associado à produção de aços especiais com alta resistência. Com investimentos de R$ 265 milhões, a CBMM, líder mundial na produção de nióbio, inaugurou no fim do ano ado uma nova unidade para a produção de óxido de nióbio, usado no ânodo (negativo) das baterias de lítio com capacidade para produzir 3 mil toneladas/ano.
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Para avançar com a tecnologia, a CBMM, em parceria com a Toshiba Corporation e a Volkswagen Caminhões e Ônibus, desenvolve o primeiro ônibus elétrico do mundo com a tecnologia de óxidos mistos de nióbio e titânio em baterias de lítio. “A grande vantagem é que a carga, que antes era de sete ou oito horas, pode ser feita em menos de 10 minutos”, destaca o presidente da CBMM, Ricardo Lima. Para ele, o produto tem potencial para uso nas baterias dos veículos comerciais.
A meta da empresa, que já teve 90% da sua produção destinada ao setor siderúrgico, é chegar a 30% das suas vendas para outros usos. No ano ado, esse percentual foi de 23%. Ricardo destaca que há potencial também para o desenvolvimento de novos produtos para o setor siderúrgico, garantindo assim alcançar no futuro a ocupação da capacidade produtiva da unidade em Araxá, hoje de 150 mil toneladas/ano.
Além de Minas
Com cinco anos de operação, a Cemig SIM, empresa do grupo Cemig, está realizando estudos de viabilidade operacional em outros estados, com destaque para as regiões Sudeste e CentroOeste. Com um plano de investimentos de R$ 3,5 bilhões até 2029 e capacidade instalada de 300 megawatts/pico (MWp) operacionais, a empresa atua na minigeração fotovoltaica, com venda de energia solar remota por . “A ampliação da nossa capacidade de geração seguirá a mesma lógica da comercialização do mercado livre. Daremos nosso primeiro o fora de Minas Gerais em regiões onde há maior conhecimento da marca e relacionamento com o mercado”, destaca Iuri Mendonça, CEO da Cemig SIM. “Temos a ambição de atingir 1 GWp de capacidade instalada com essa expansão”, acrescenta Mendonça.
Contrato novo
“O Fiemg Anjos é uma ponte entre o capital e a inovação. Ao conectar empresários a startups com soluções aplicáveis à indústria, fortalecemos o ecossistema de inovação e abrimos espaço para o surgimento de novas tecnologias”
Júnia Cerceau, gerente de Promoção de Negócios da Fiemg, sobre programa de investidor-anjo da federação
Nova indústria
Pouco mais de um ano depois do lançamento da nova política industrial brasileira, R$ 1,2 bilhão foram liberados pelo Banco do Nordeste (BNB) para projetos em Minas Gerais no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB). Desse total, R$ 776 milhões foram destinados a projetos voltados para descarbonização, bioeconomia e transição energética. O total de contratações do Nova Indústria Brasil em Minas representa 12,6% do total liberado pelo BNB desde janeiro de 2024, quando foi lançada a NIB. Até agora foram contratados R$ 9,5 bilhões em projetos para estimular cadeias produtivas sustentáveis, descarbonização e infraestrutura voltada para melhoria social. “Sabemos que é importante tornar nossa indústria mais competitiva, e isso a por investimento em inovação e práticas de sustentabilidade”, destaca o presidente do BNB, Paulo Câmara.
Com apetite
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.