ESCÂNDALO NO CINEMA

Weinstein pede para dormir no hospital durante seu julgamento por estupro

Defesa do produtor de cinema que está sendo julgado em Nova York alega que o réu tem saúde frágil e pode morrer caso não receba a correta atenção médica

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Os advogados do ex-magnata do cinema Harvey Weinstein pediram ao tribunal de Nova York, onde é realizado seu julgamento por estupro e agressão sexual, que o réu possa dormir em instalações hospitalares, em vez da prisão, durante os procedimentos no Judiciário.

O documento dirigido ao tribunal foi divulgado nesta quarta-feira (16/4), segundo dia do julgamento no qual prosseguiu a seleção do júri que determinará o destino do famoso produtor. O escândalo e as denúncias contra ele, em 2017, originaram o #MeToo, campanha contra o assédio sexual.



O advogado Imran Ansari afirmou que Weinstein tem leucemia, problemas coronários graves, diabetes, falta de mobilidade e fortes dores nas costas, entre outras doenças que o levaram a ser hospitalizado várias vezes nos últimos meses.

“Impedir que ele receba atenção médica e supervisão, com o estresse e os rigores de seu julgamento penal, poderia levar à exasperação das condições médicas existentes, ao aparecimento de novas condições médicas e até mesmo à morte”, alegou Ansari.

Visivelmente debilitado nas audiências na Suprema Corte de Manhattan, o ex-fundador da produtora Miramax, de 73 anos, se desloca em cadeira de rodas.

“Medicamentos são sistematicamente atrasados ou istrados de forma inadequada, ele ganhou uma quantidade alarmante de peso líquido devido à má gestão de sua saúde e é deixado congelando na cela sem nem mesmo roupas limpas. Isso não é encarceramento, é indiferença deliberada”, afirmou Juda Engelmayer, porta-voz do réu.

A defesa de Weinstein processou a cidade de Nova York, reivindicando US$ 5 milhões por “negligência grave” e “falta de tratamentos médicos”.

Pena anulada

Weinstein voltou esta semana ao banco dos réus para ser julgado por estupro e agressão sexual, após a anulação de sua primeira condenação a 23 anos de prisão por um tribunal de apelações, em abril de 2024, devido a defeitos no processo.

Ele é acusado de agredir sexualmente a então assistente de produção Mimi Haleyi, em 2006, estuprar a aspirante a atriz Jessica Mann, em 2013, e por outra suposta agressão sexual, em 2006, em um hotel de Manhattan.

O produtor já foi condenado a 16 anos de prisão por um tribunal de Los Angeles por estupro e agressão sexual ocorridos em 2013.

Vestido com terno e gravata azul e em cadeira de rodas, Weinstein, de 73 anos, compareceu ontem e nesta quarta-feira (16/4) à corte de Manhattan para assistir à seleção dos membros do júri que selarão seu destino. O processo é complexo, pois muitos candidatos foram recusados após reconhecerem que não poderiam ser imparciais em um caso tão midiático.

“O juiz está analisando os membros do júri. Vamos fazer o melhor que pudermos para conseguir um júri justo e imparcial”, disse o advogado de Weinstein, Arthur Aidala.

O juiz Curtis Farber prevê que o julgamento termine em maio, mas não descarta que possa se prolongar até o início de junho.

Novo olhar

Weinstein espera que o caso seja “analisado com novo olhar”, quase oito anos após investigações do jornal The New York Times e da revista The New Yorker levarem à sua derrocada. Até então, ele era o poderoso produtor dos sucessos “Pulp fiction” e “Shakespeare apaixonado”.

Descrito por acusadoras como predador que usava o status de criador de carreiras na indústria cinematográfica para obter favores sexuais de atrizes ou assistentes, Weinstein alega que os relacionamentos eram consensuais.

Cerca de 80 mulheres o acusaram de assédio, agressão sexual ou estupro, incluindo as estrelas de cinema Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.

Efeito #Metoo

Desde o surgimento do movimento #MeToo, houve aumento significativo nas denúncias de abuso e assédio sexual, principalmente nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Espanha e México.

Atores como o francês Gerard Depardieu e o americano Bill Cosby foram levados ao banco dos réus por suas supostas vítimas.

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