Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
A romancista alemã Alexandra Fröhlich, autora de sucessos como “Minha sogra russa e outras catástrofes” e “Esqueletos no Armário”, foi morta a tiros em um ataque violento na embarcação onde vivia, ancorada no Rio Elba, em Hamburgo, na Alemanha.
Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, “Minha sogra russa e outras catástrofes”, inspirado em suas próprias experiências com a sogra. O romance vendeu mais de 50 mil cópias e figurou na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel. Nos anos seguintes, lançou mais três livros: “Viajando com russos” (2014), sequência de seu primeiro romance; “As pessoas sempre morrem” (2016); e “Esqueletos no armário” (2019). As obras foram traduzidas e lançadas em países como França, Rússia e Inglaterra, mas nunca receberam edições em português.
De acordo com informações da polícia local, o corpo da escritora, de 58 anos, foi encontrado na manhã da última terça-feira, no interior de sua casa flutuante, pintada em um tom marcante de cereja. O cadáver foi descoberto por um de seus três filhos.
A investigação inicial aponta que Alexandra foi assassinada entre meia-noite e 5h30 da manhã. A polícia faz apelos por testemunhas que possam ter visto movimentos suspeitos na região durante a madrugada. Até o momento, as autoridades não confirmaram a identificação de um suspeito, segundo o jornal britânico The Guardian.
Vários escritores de renome da literatura brasileira nunca foram contemplados com o título de “imortal” da Academia Brasileira de Letras. Veja a lista de alguns que, apesar do reconhecimento, nunca ocuparam uma das cadeiras da casa. Flip.com.br
Mário Quintana (1906-1994) - Gaúcho de Alegrete, o "poeta das coisas simples" tentou três vezes, mas não foi eleito. Decepcionado, disse que a ABL estava politizada e que era até melhor ficar de fora, pois a academia "atrapalha a criatividade". Luís Fernando Veríssimo, seu conterrâneo, afirmou que, sem Quintana, o prejuízo era da ABL. Ricardo Timao /FLICKR
Luís Fernando Verissimo (1936, 85 anos) – Modesto, afirmou não ter uma obra literária que merecesse a honra da imortalidade na academia, o que soou como ironia diante de tantos "imortais" que não são propriamente escritores. Ana Povoas/FLICKR
Érico Veríssimo (1905-1975) - Pai de Luís Fernando Veríssimo, foi um dos mais ilustres escritores do país. Livros como "O Tempo e o Vento" e "Olhai os Lírios do Campo" se popularizaram na teledramaturgia. Érico não se candidatou à ABL. Afirmou que era contra formalidades e jamais usaria fardão. Arquivo Nacional/Wikipedia
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – Para muitos o maior poeta brasileiro do século XX. Quando Getúlio Vargas assumiu uma cadeira na ABL, no Estado Novo (ditadura getulista), Drummond e o escritor Sérgio Buarque de Hollanda, pai do compositor Chico Buarque, se comprometeram a nunca ingressarem na casa. Arquivo Nacional/FLICKR
Antonio Candido (1918-2017) – Escritor, sociólogo e crítico literário, autor de vasta obra adotada nas universidades. Defendia o direito para todos de o à literatura, considerando a leitura uma necessidade para a boa formação. Não quis se candidatar. Disse que não gostava de participar de grupos. FLICKR
Monteiro Lobato (1882-1948) - Escreveu um único romance ("Presidente Negro"), mas se consagrou como um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil. Seus livros inspiraram produções na TV, no cinema e no teatro. Entre elas, "Sítio do Pica-Pau Amarelo". Também fez contos e crônicas. Wikimedia Commons/Domínio Público
Vinícius de Moraes (1913-1980) - Escritor e dramaturgo, um dos maiores poetas brasileiros, com forte ligação na área musical. Fez letras para canções que se eternizaram, com reconhecimento internacional. O "Poetinha" se notabilizou por sonetos. O mais famoso: "Soneto de Fidelidade". Debora Spada - Flickr
Dalton Trevisan - (1925- 96 anos) - Nascido em Curitiba, é famoso por seus livros de contos e já recebeu diversos prêmios. Avesso a entrevistas, chegou a ser apelidado de "Vampiro de Curitiba" (nome de um de seus principais livros) por gostar de viver recluso. Divulgacao
Clarice Lispector (1920-1977) – Brasileira nascida na Ucrânia, autora de romances, contos e ensaios. Entre as suas obras mais importantes estão “A Hora da Estrela”, "Água Viva" e “Laços de Família”. Nunca se candidatou à ABL. Ana Carolina Braga - FLICKR
Em 2024, a atriz australiana Cate Blanchett, um dos maiores nomes do cinema, declarou que é fã de Clarice Lispector e que a leitura de seus livros exerce influência e inspiração sobre ela. Instagram @cate_blanchettofficial
Lima Barreto (1881-1922) - Neto de uma escrava liberta, foi autor de romances, contos e crônicas memoráveis; jornalista polêmico; ícone na luta contra o preconceito racial; um dos mais destacados escritores das primeiras décadas do século XX. Tentou sem êxito ser eleito para a ABL. Morreu aos 41 anos. FLICKR
Graciliano Ramos (1892– 1953) - Autor de uma das obras mais importantes sobre o sertão nordestino (“Vidas Secas”), foi um expoente no regionalismo. Militante comunista, chegou a ser preso e morreu aos 60 anos, deixando obras póstumas notáveis. Entre elas, "Memórias do Cárcere". LABCOM - FLICKR
A Academia Brasileira de Letras foi inspirada no modelo da Academia sa e fez a sessão inaugural em 20/07/1897. Ao longo do tempo, elegeu não apenas escritores, mas também pessoas que exercem outras atividades na cultura e na política. Estúdio Luiz Musso / Domínio Público
A ABL tem 40 membros efetivos e perpétuos. Quando um acadêmico morre, a cadeira é declarada vaga e quem quer concorrer à vaga tem dois meses para se candidatar. Acervo ABL/Domínio Público
Os "imortais" são escolhidos mediante eleição por voto secreto dois meses depois de a cadeira ter sido declarada vaga. Arquivo Nacional / Domínio Público
Fröhlich começou sua trajetória profissional como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina antes de se tornar freelancer. Em 2012, migrou para a literatura, consolidando-se como autora de comédias dramáticas com olhar afiado sobre o cotidiano familiar e os conflitos culturais.