Erika Januza diz que não tinha "ousado sonhar" com "Saia justa"
Nova 'saia' do programa, atriz mineira diz que pretende ser "o mais genuína que puder" e vai mostrar disposição para trocar e aprender no bate-papo no sofá
compartilhe
Siga no
Mineira de Contagem, Erika Januza é a nova apresentadora do “Saia justa”. Nesta temporada da atração do GNT, que vai ao ar sempre às quartas, às 22h30, ela se junta a Eliana, Bela Gil e Tati Machado para debater temas do universo feminino. A atriz assumiu o posto com a disposição de “levar para o sofá a Erika mais genuína que puder”, segundo diz.
Leia Mais
Nesta quarta (7/5), ela completa 40 anos. Sobre a nova fase da vida, comenta que ainda não se sente com a idade da certidão de nascimento. “Hoje me vejo em um momento maravilhoso. Esse novo ciclo trouxe várias mudanças e um monte de presentes. O ‘Saia’ é um deles, mas ainda não sei lidar com essa idade, não sinto que tenho 40 anos.”
O convite para participar da atração veio depois da boa performance da mineira em outro programa do canal, “Rainhas além da Avenida”, em que Erika Januza entrevistou rainhas de bateria de escolas de samba do Rio de Janeiro.
“Foi uma criação minha junto com um amigo que também é de BH, o Vitor Carpe. Saber que algo criado por mim teve uma boa repercussão e me levou para o ‘Saia’ me deixa muito feliz”, afirma.
Ela conta que sempre teve o sonho de ser apresentadora. De origem humilde, começou no audiovisual em 2012, como Conceição, a protagonista da minissérie “Suburbia”. Na mesma época, se mudou para o Rio para investir na carreira. Também teve papéis importantes nas novelas “O outro lado do paraíso” e “Amor de mãe”, além da série “Arcanjo renegado”, criada pelo noivo da atriz, José Junior.
Lugar de respeito
Erika diz que, antes do convite, nunca havia “ousado sonhar” em ser uma das saias. “É um lugar de muito respeito. Um presente maior do que eu estava esperando.” Espectadora assídua do programa, ela diz irar mulheres extraordinárias que já aram por lá, como Fernanda Young (1970-2019) e Rita Lee (1947-2023).
Cita ainda Astrid Fontenelle como inspiração para o novo trabalho. “Ela ficou lá por muitos anos e conduziu muito bem o programa.” Sobre a convivência com as colegas de sofá, afirma que a recepção foi acolhedora desde o início.
“Eu já irava todas elas. Elas me receberam muito bem. Assim que tiveram a notícia de que seria eu, me mandaram mensagem de boas-vindas. Dá para ver que são pessoas que estão fazendo questão de me integrar naquele lugar.”
Em sua primeira participação como uma das ‘saias’, na semana ada, a atriz falou sobre sua trajetória, incluindo o início da carreira como modelo no Barro Preto. Dentre os temas abordados no episódio, estão aspectos relacionados ao universo profissional, como primeiras experiências, identidade no trabalho, vocação e felicidade na carreira.
Ela diz que quer levar mais de suas origens para os próximos episódios do programa. “Em qualquer lugar que eu vá, sempre faço questão de falar que sou de Contagem. Por isso muitas das histórias que vou contar lá no programa vão ser ambientadas na nossa terra”, garante.
“Minha profissão mudou porque vivo em outros lugares e faço coisas diferentes. Mas dentro de mim eu sou aquela mesma Erika”, diz. Quando volta para Minas, ela diz encontrar tudo como deixou há 12 anos – as roupas, a cama e a decoração do quarto. “Nem preciso levar mala.”
“Troca verdadeira”
Entre as novidades da nova temporada do programa está o quadro “Vem pra roda”, em que o público poderá mandar vídeos para serem exibidos. Para Erika Januza, o que mais encanta no “Saia justa” é que o programa vai muito além de simplesmente apresentar temas. Nas palavras dela, “é uma troca verdadeira”.
Ela conta que também quer levar suas vivências como mulher negra para o sofá. “Vou falar sobre isso quando o tema for pertinente”, observa. “É sobre ser quem eu sou, pronta para aprender, disposta a trocar, me desenvolver, falar que não sei quando não souber, mas muito feliz por ser a Erika pessoa física”, diz.
A atriz anunciou sua despedida do posto de rainha da bateria da Viradouro em março deste ano. Segundo ela, o cargo foi solicitado de volta no fim do ano ado. Na época, o presidente da escola, Marcelo Calil, justificou a decisão afirmando que se trata de um espaço muito cobiçado e que, por isso, deveria ser alterado periodicamente para dar oportunidade a outras mulheres.
“Fiquei muito triste quando saí do meu posto de rainha de bateria, triste mesmo. Porque eu me dedicava, eu dei o melhor de mim. Quando você dá o seu melhor, coloca a cabeça no travesseiro e pensa assim: Caraca, eu fiz tudo certo e ainda assim não foi o suficiente...”, desabafa.
“Se eu fosse uma pessoa que faltasse, se eu fosse uma pessoa que não estivesse nem aí... Mas assim ó, eu tinha uma... eu tentei ser perfeita. Mas não existe nada perfeito. Tanto não fui que saí”, completa.
Apesar de se considerar aberta a todos os assuntos, Erika reconhece que alguns temas ainda são delicados para ela, como morte e sexo. “Acho que vou ter um pouco de dificuldade em lidar”, comenta.
“Sei que não vou ser perfeita no programa. Sei que vai ter gente que vai esperar mais de mim, e sei que eu mesma vou me cobrar. Mas vai ser a Erika genuína, que vai estar ali pronta para aprender, para trocar, para dizer que não sabe, para ficar mais sábia ao longo do tempo.”
Emoção na estreia
Erika Januza se emocionou em sua estreia no “Saia justa”, exibida na última quarta (30/5). “Venho de um lugar com poucas perspectivas, mas sempre acreditei que algo estava sendo preparado para mim. Estar aqui hoje é muito significativo. Só a gente sabe o quanto lutou. Sei quantas mulheres incríveis já aram por esse sofá. É uma oportunidade maravilhosa, e quero honrar esse espaço, aprender com vocês e trocar muito”, disse ela, sem segurar as lágrimas.
“SAIA JUSTA”
• Toda quarta-feira, às 22h30, no GNT e no Globoplay.