Haddad defende reciprocidade sobre tarifas de Trump, mas fala em cautela
Ministro da Fazenda afirmou que o país não tem o que temer porque a balança é superavitária para os Estados Unidos
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Siga noBRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse nesta quinta-feira (13/2) avaliar com cautela as novas medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas defendeu o princípio da reciprocidade na relação comercial entre os dois países.
Trump deu ordem de implementação de tarifas recíprocas mirando países que, segundo o governo americano, praticam impostos sobre produtos dos Estados Unidos. O etanol brasileiro foi citado como exemplo.
Para o chefe da equipe econômica, o país não tem o que temer porque a balança é superavitária para os Estados Unidos. Ele disse também que prefere aguardar o desenrolar dos acontecimentos antes de reagir aos anúncios, mas vê espaço para negociação.
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"Vamos com cautela avaliar o conjunto das medidas que vão ser anunciadas. Enquanto isso, a área econômica, sobretudo o Ministério do Desenvolvimento, capitaneado pelo vice-presidente [Geraldo Alckmin], está fazendo um balanço das nossas relações comerciais para que a reciprocidade seja um princípio a ser observado pelos dois países", disse.
Em 2023, a balança comercial foi desfavorável ao Brasil, com as exportações aos EUA somando US$ 36,9 bilhões (R$ 213,4 bilhões) e as importações, US$ 38 bilhões (R$ 219,8 bilhões).
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Trump assinou nesta quinta a ordem de implementação de tarifas recíprocas, mirando países que, segundo o governo americano, praticam impostos sobre produtos dos EUA. O etanol brasileiro está no topo da lista de exemplos elencada pelo governo em um documento que resume as medidas.
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"Não vamos a qualquer sinalização nos manifestar, até porque temos que ver como é que termina essa história. A partir do momento em que nós tivermos um balanço do que eles pretendem, aí sim nós vamos estar com a radiografia feita e vamos considerar", disse Haddad.