Gripe aviária: caso foi detectado em aves ornamentais da Grande BH
Vice-governador Mateus Simões disse que todas as medidas estão sendo tomadas para evitar contaminação em aves comerciais
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Siga noO governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), informou, nesta terça-feira (27/5), que foi detectado um caso de gripe aviária, conhecida cientificamente como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), em aves ornamentais em um sítio localizado na Grande BH. Segundo o Executivo Estadual, a detecção ocorreu nessa segunda-feira (26/5).
O governo do estado informou, ainda, que este não é o primeiro caso registrado em Minas. Em 2023, um pato de vida livre da espécie Cairina moschata foi diagnosticado com Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (H9N2), que costuma causar pouco ou nenhum sintoma clínico nas aves e não oferece qualquer risco para os seres humanos.
Em função do caso registrado ontem, o estado decretou situação de emergência sanitária animal em Minas. A medida emergencial, segundo o governo, é necessária para que se realizem todas as ações de prevenção, contenção e enfrentamento à doença, incluindo a eventual mobilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros.
Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, estados e setor produtivo, ainda em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul.
Até o momento, segundo o Executivo Estadual, não há qualquer comprometimento da produção avícola do estado.
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Ações para conter contaminação
O vice-governador Mateus Simões afirmou que estão sendo tomadas todas as ações necessárias para evitar a contaminação em aves comerciais. “Está sendo feito um trabalho de vigilância sanitária de altíssima qualidade com emprego de todos os recursos financeiros e humanos. Quero dizer ainda à população que não há nenhum risco no consumo de carne de aves ou de ovos. Não há risco de contágio humano a partir do consumo de carne ou de ovos”, frisou.
Simões lembrou, ainda, que o risco existe para aqueles que convivem com as aves confinadas. “Esse caso, volto a dizer, não chegou a nenhum dos grandes aviários do estado. É um caso de ave ornamental. O contágio, portanto, aconteceu pela agem de aves migratórias. É um risco que infelizmente acontece e, repito, todas as providências estão sendo tomadas.”
O vice-governador também disse que esse é um momento de cautela. “Por isso que eu repito, qualquer pessoa que encontre uma ave morta, não toque na ave. Chame a Vigilância Sanitária para que ela possa fazer o recolhimento e para que os exames possam ser processados.”
Medidas de prevenção
O governo de Minas, a Seapa e o IMA têm se mobilizado para conter a chegada da doença no estado, investindo em políticas de prevenção, rastreio e controle sanitários da Influenza Aviária, além de contato direto com o Ministério da Agricultura e Pecuária. Continuamente, o IMA promove estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial: newcastle, salmonelose e micoplasmose.
As ações também incluem medidas de biosseguridade das granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância nas propriedades classificadas como risco, cadastro e vistoria em criatórios de subsistência, além de ações sanitárias em eventuais áreas de foco da doença.
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A transmissão das aves para os humanos não é comum, mas pode ocorrer em pessoas expostas a uma grande carga viral ou que estejam com baixa imunidade. A Influenza Aviária não é transmitida pelos alimentos, desde que estes sejam bem cozidos.