O café se destaca como uma das bebidas mais consumidas no mundo e, nas últimas décadas, diversas pesquisas apontam que seu consumo regular pode estar associado a diversos benefícios à saúde, sobretudo no que diz respeito ao processo de envelhecimento. Estudos desenvolvidos em diferentes continentes, incluindo Europa, América e Ásia, sugerem que a ingestão moderada de café pode influenciar positivamente a expectativa de vida dos consumidores.
A revisão desses estudos destaca que o café pode atenuar a mortalidade por várias causas, incluindo doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórias, além de tipos de câncer. Além disso, há indícios de que os componentes do café, como a cafeína e os ácidos clorogênicos, desempenham papel importante na preservação de funções vitais e no controle de inflamações e estresse.
Como o café contribui para uma vida mais longa?
Um dos principais achados das pesquisas é que o café pode ajudar a preservar funções musculares e mentais, além de reforçar o sistema imunológico. Com isso, observa-se uma redução na deterioração funcional associada à idade, como perda de memória, depressão e fragilidade. Para os idosos, em particular, essa bebida parece retardar processos de envelhecimento cognitivo e físico.
Além disso, o café possibilita o controle da inflamação e proporciona uma melhor adaptação ao estresse. Essas funções são especialmente atribuídas aos principais componentes do café. Por meio dessas ações, o café atua na preservação de mecanismos biológicos essenciais, tais como a estabilidade genômica e o equilíbrio metabólico e proteostático.

Qual é a quantidade recomendada de café para aproveitar seus benefícios?
A quantidade de café considerada benéfica gira em torno de 400mg de cafeína por dia, equivalente a cerca de três xícaras de café de 200ml. Essa é a recomendação também adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, em consonância com padrões europeus. Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere um limite um pouco menor, de 200mg diários.
Entretanto, é importante reconhecer que há variação na sensibilidade ao café entre diferentes indivíduos. Nem todos os consumidores experienciam os mesmos benefícios, e diversos fatores, como o estilo de vida e predisposições genéticas, podem influenciar o impacto do consumo de café na saúde de cada um.
Considerações sobre as limitações dos estudos
Embora os achados indicativos dos benefícios do café sejam promissores, os pesquisadores alertam para algumas limitações dos estudos realizados. Dificuldades em identificar as variáveis entre participantes e o uso de questionários que podem conter vieses integram parte das limitações enfrentadas. Apesar disso, o consenso indica forte e à relação entre o consumo regular de café e um envelhecimento saudável.
Dessa forma, enquanto o café continua a ser uma bebida amplamente apreciada, sua incorporação moderada em um contexto de um estilo de vida saudável desponta como uma prática recomendável para promover o bem-estar na maturidade.