Após o final da segunda temporada de Ruptura (Severance) na Apple TV+, os fãs estão fervorosos tentando adivinhar quem será o novo vilão da série. Embora a terceira temporada ainda não tenha data confirmada, o criador Ben Stiller já começou a soltar pistas sobre o futuro da trama, deixando os fãs ansiosos e intrigados. Com o estilo misterioso e complexo de Lumon, a série continua a desconcertar seu público.
Stiller revelou, em entrevista à Variety, algumas ideias sobre o futuro dos vilões e, como sempre, a narrativa de Ruptura promete ser cheia de nuances e ambiguidade. Segundo ele, a intenção é sempre criar personagens cuja lealdade e motivações sejam difíceis de identificar, mantendo a tensão e a incerteza, algo que foi perfeitamente exemplificado na personagem Cobel (Patricia Arquette) na segunda temporada.
A complexidade dos vilões em Ruptura: Cobel e Milchick como exemplos
Na segunda temporada, Cobel foi uma personagem central que desafiou as expectativas dos espectadores. Embora tenha sido uma peça-chave nos planos da Lumon, suas ações e motivações ficaram longe de ser lineares. Essa ambiguidade de caráter, onde ela parecia tanto vilã quanto aliada, foi uma das principais razões pela qual os fãs ficaram tão fascinados com a trama.
Além disso, outro personagem que se destaca é Seth Milchick (Tramell Tillman), o executor frio das regras da empresa. No entanto, Stiller explicou que a devoção de Milchick à Lumon pode ser vista mais como a de um seguidor de culto do que de um vilão tradicional. A maneira como ele se dedica à ideologia da Lumon faz com que os espectadores questionem até que ponto ele é, de fato, um antagonista ou um produto de um sistema manipulado.
O que vem por aí na 3ª temporada: o futuro de Milchick e o novo vilão
Com o final da segunda temporada deixando grandes reviravoltas, como a morte de Mr. Drummond (Darri Ólafsson), a terceira temporada promete explorar ainda mais a complexidade dos personagens e o futuro sombrio da Lumon. A morte de Drummond nas mãos de Mark (Adam Scott) e os próximos os de Seth Milchick são apenas o começo de uma trama ainda mais intrincada.

A trajetória de Milchick, que foi retratado como um “executor” das regras da empresa, pode estar prestes a se tornar mais complexa. No entanto, a série tem a tendência de dar aos vilões uma camada de humanidade, o que gera um dilema moral para o público. É possível que a 3ª temporada explore ainda mais as ambições e conflitos internos de personagens que pareciam estar do lado “bom” da história.
A nova ameaça em Ruptura: mais institucional do que individual
Embora ainda não se saiba quem será o novo rosto do vilão corporativo em Ruptura, o final da segunda temporada já indica que a ameaça pode ser mais institucional do que individual. A morte de Mr. Drummond pode ser apenas o começo de uma série de represálias por parte da Lumon, que, como sempre, mantém o controle e manipula os destinos de seus empregados.
A série, que sempre explorou as dinâmicas de poder e controle, agora pode aprofundar o foco na estrutura da própria Lumon, onde o verdadeiro vilão pode ser o sistema em si. Os limites entre mocinhos e vilões se tornam ainda mais nebulosos, uma característica central da narrativa de Ruptura.
O dilema moral de Ruptura: quem são os mocinhos e quem são os vilões?
No universo de Ruptura, a linha entre o bem e o mal nunca foi clara. Em um mundo onde a separação de memórias é um procedimento comum, quem são, de fato, os mocinhos e os vilões? Como mostrado nas temporadas anteriores, os personagens são frequentemente levados a tomar decisões difíceis que os fazem questionar suas próprias motivações e lealdades.
Com a 3ª temporada à vista, as tensões internas dentro da Lumon e entre os próprios protagonistas devem aumentar. A série é habilidosa em desestabilizar as certezas do público e criar um jogo psicológico que mantém todos à margem da dúvida. Essa característica torna Ruptura um verdadeiro sucesso, sempre mantendo os espectadores na expectativa do próximo o, sem nunca oferecer respostas fáceis.