Nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo nas tentativas de golpes bancários no Brasil. Golpistas se am por representantes de instituições financeiras, utilizando ligações, mensagens de texto e e-mails para enganar as vítimas. O objetivo é roubar informações pessoais e financeiras, levando a transações fraudulentas. Este artigo explora como esses golpes funcionam e oferece dicas sobre como se proteger.
Os golpistas geralmente informam sobre uma suposta transação de alto valor, pedindo confirmação do pagamento. Muitas vezes, as vítimas, acreditando estar em contato com o banco, seguem as instruções e acabam realizando transferências indevidas. Além das ligações, mensagens de SMS, e-mails e até WhatsApp são utilizados para aplicar o golpe, com valores que podem surpreender os usuários dos bancos.
Como os golpistas obtêm informações das vítimas?
O o dos golpistas aos dados das vítimas pode ocorrer de várias maneiras. Um dos métodos mais comuns é através de vazamentos de dados ou quando um telefone é roubado, permitindo o à lista de contatos. Além disso, muitos usuários inadvertidamente expõem suas informações pessoais em redes sociais, facilitando o trabalho dos criminosos.
Arthur Igreja, especialista em tecnologia, destaca que as redes sociais são uma fonte rica de informações para os golpistas. Muitas pessoas, ao criarem suas contas, disponibilizam dados como número de telefone e endereço, sem perceber o risco que isso representa. Essa exposição facilita a ação dos criminosos, que podem usar essas informações para personalizar seus golpes.

Como proteger-se de golpes bancários?
A principal recomendação para evitar cair em golpes bancários é sempre desconfiar de contatos inesperados que pedem informações pessoais ou financeiras. Se houver dúvida sobre a autenticidade de uma ligação ou mensagem, é aconselhável desligar e entrar em contato diretamente com o banco através de canais oficiais.
Os especialistas também sugerem que os usuários não iniciem conversas ou cliquem em links enviados por mensagens suspeitas. Em vez disso, devem procurar o banco por meio de seus canais oficiais para verificar a veracidade do contato. Manter-se informado sobre as práticas de segurança do banco também é crucial para evitar fraudes.
O que fazer após cair em um golpe?
Se uma pessoa perceber que foi vítima de um golpe após realizar uma transação, é essencial agir rapidamente. A primeira ação deve ser contatar o banco imediatamente, informando sobre a fraude e solicitando o bloqueio da transação. Em casos de transferência via Pix, o Banco Central oferece o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que pode ser acionado para tentar recuperar o valor.
Maria Inês Dolci, advogada especialista em direito do consumidor, recomenda que, além de contatar o banco, a vítima registre um boletim de ocorrência. Guardar provas, como capturas de tela de mensagens ou números de telefone dos golpistas, pode ser útil para a investigação e recuperação dos valores.
Como identificar contatos legítimos dos bancos?
Para ajudar os clientes a se protegerem, os bancos oferecem diretrizes sobre como eles entram em contato com os clientes. Por exemplo, o Banco Inter e o Nubank alertam que não solicitam dados pessoais por telefone e usam tecnologias para verificar a autenticidade das chamadas. O Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil também possuem protocolos específicos para garantir a segurança dos clientes.
Essas instituições enfatizam que nunca pedem informações sigilosas, como senhas ou dados de segurança, por telefone ou mensagem. Além disso, muitas oferecem funcionalidades em seus aplicativos para identificar chamadas suspeitas, garantindo que os clientes possam verificar a legitimidade do contato antes de fornecer qualquer informação.