Se você já reparou nos pequenos risquinhos nas teclas F e J do seu teclado, saiba que eles não estão ali por acaso. Essas marcas são guias táteis essenciais para quem digita com agilidade — e o motivo vai muito além da estética.
Elas servem para posicionar corretamente os dedos indicadores, permitindo que o usuário digite sem olhar para o teclado. Essa simples inovação tornou possível a chamada “digitação às cegas”, técnica usada por profissionais para alcançar altas velocidades.
Como os risquinhos ajudam a digitar sem olhar?
Durante a digitação às cegas, o posicionamento correto das mãos é fundamental. Ao localizar os risquinhos com os dedos indicadores, o restante da mão se alinha automaticamente sobre as teclas corretas.
Isso reduz erros, acelera o ritmo e favorece a memória muscular. Para quem está aprendendo, essas saliências funcionam como um “GPS” físico, tornando mais fácil voltar à posição-base depois de se perder no teclado.

Por que a tecla 5 do teclado numérico também tem relevo?
Assim como as teclas F e J, a tecla 5 do teclado numérico tem uma saliência semelhante. A ideia é a mesma: servir de referência tátil para que o usuário posicione a mão corretamente sem precisar olhar.
Esse recurso é especialmente útil para operadores de caixa, contadores e profissionais que lidam com números diariamente, garantindo mais rapidez e precisão.
Até layouts alternativos mantêm os risquinhos
Mesmo em layouts diferentes do tradicional QWERTY, como o AZERTY, QWERTZ ou Colemak, as marcas táteis são mantidas nas teclas que recebem os indicadores. Em layouts alternativos como Dvorak, por exemplo, os risquinhos mudam de lugar para acompanhar a nova disposição das mãos.
Isso prova que, independentemente do padrão, a referência tátil é indispensável para uma digitação eficiente.
De máquinas de escrever aos teclados modernos
Desde a era das máquinas de escrever, os fabricantes entenderam a importância de ajudar o usuário a encontrar a posição-base. Embora não se saiba ao certo quem criou os risquinhos, sua utilidade atravessou gerações.
Hoje, estão presentes em teclados mecânicos, notebooks e até caixas eletrônicos. A única exceção? Os teclados virtuais de smartphones, que, por serem planos, não oferecem esse tipo de físico.