A inteligência artificial está redesenhando os bastidores do esporte. Um dos avanços mais impactantes vem dos dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes, que analisam dados do corpo em tempo real. Esses equipamentos conseguem prever fadigas e até evitar lesões, ao identificar padrões de movimento preocupantes.
Pesquisadores como Marco Uchida, da Unicamp, lideram estudos que mostram como a IA está transformando o entendimento das adaptações neuromusculares nos atletas, permitindo treinos mais inteligentes e personalizados.
IA já é aliada em diferentes esportes
Do futebol ao atletismo, ando pelo basquete e até o surfe, a IA vem se infiltrando silenciosamente nos esportes. No ciclismo, por exemplo, ela simula ambientes virtuais para treinos; na ginástica, ajuda os juízes a tomarem decisões mais precisas. No futebol, treinadores já utilizam a IA para analisar taticamente o desempenho em campo e tomar decisões com base em dados.
A Olimpíada de Paris 2024 foi um marco: árbitros, atletas e comitês usaram inteligência artificial para otimizar praticamente todas as áreas da competição.
o à IA ainda é um desafio para clubes menores
Apesar do avanço, a tecnologia ainda não é democrática. Os altos custos dos dispositivos e softwares de IA são obstáculos para equipes de menor porte. No entanto, com a evolução constante, especialistas esperam que esses recursos se tornem mais íveis nos próximos anos.

Vale lembrar: a IA não substitui profissionais humanos. Fisiologistas, técnicos e preparadores físicos seguem sendo peças-chave para interpretar os dados e aplicar estratégias seguras e eficazes.
Plataformas conectam atletas a olheiros e clubes
Outra revolução vem das plataformas digitais alimentadas por IA que estão mudando o recrutamento esportivo. Jovens talentos podem enviar vídeos e informações para bancos de dados inteligentes, que cruzam perfis com as necessidades de clubes — acelerando descobertas e oportunidades.
Mercado da IA esportiva deve explodir até 2032
Estudos apontam que o mercado de IA no esporte deve saltar de forma exponencial: o segmento deve atingir 29,7 bilhões de dólares até 2032, um crescimento 13 vezes maior que o atual. Esse avanço não impactará apenas os atletas, mas também os eventos esportivos globais, com logística automatizada, segurança reforçada e novas formas de engajar o público.
O futuro já começou — e o esporte nunca mais será o mesmo.