O psiquiatra e comunicador Dr. Jairo Bouer, (CRM – 67795-SP) conhecido por abordar temas de saúde mental com linguagem ível, publicou recentemente um alerta nas redes sociais sobre um tipo específico de transtorno: a ansiedade de alto funcionamento. Trata-se de uma condição na qual o indivíduo aparenta estar bem, é produtivo e socialmente ativo, mas sofre em silêncio com preocupações constantes, autocrítica excessiva e exaustão emocional.
Segundo o especialista, esse tipo de ansiedade é frequentemente negligenciado porque se camufla sob uma rotina ativa. A pessoa entrega resultados, cumpre prazos e mantém a aparência de equilíbrio — mas vive em estado permanente de alerta, medo de falhar, insônia e fadiga mental.
O que caracteriza a ansiedade de alto funcionamento?
Dr. Jairo explica que pessoas com ansiedade funcional geralmente:
- Estão sempre ocupadas, com dificuldade de relaxar
- Sentem culpa por descansar ou dizer “não”
- Têm pensamento acelerado e medo constante de não serem boas o suficiente
- Precisam de controle sobre tudo, o que as esgota emocionalmente
- Podem desenvolver dores musculares, distúrbios gastrointestinais e insônia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que transtornos de ansiedade são os mais prevalentes no mundo e afetam mais de 260 milhões de pessoas. No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o número de casos cresceu significativamente nos últimos anos, especialmente entre mulheres jovens e profissionais da área urbana.

Essa forma de ansiedade é ainda mais perigosa porque não costuma ser levada a sério — nem pela pessoa que sofre, nem pelas pessoas ao redor. Como há desempenho e resultados, o sofrimento emocional interno é constantemente ignorado.
Quando buscar ajuda e como lidar com essa condição
Dr. Jairo recomenda que, ao identificar os sinais — mesmo que leves —, a pessoa busque acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para ansiedade funcional, ajudando o paciente a reconhecer padrões de pensamento disfuncionais, redefinir metas e aceitar seus próprios limites.
Além disso, mudanças no estilo de vida contribuem para a melhora do quadro:
- Praticar exercícios físicos com regularidade
- Criar momentos de pausa e descanso real
- Reduzir o excesso de multitarefa
- Estabelecer uma rotina de sono estável
- Evitar autocrítica e perfeccionismo excessivo
Reconhecer que produtividade não é sinônimo de saúde é um o importante para quem vive sob esse tipo de pressão silenciosa.