A unidade de medida Mach, ou Número de Mach, é uma escala utilizada para determinar a velocidade de um objeto em relação à velocidade do som. Este conceito é amplamente aplicado na aviação, onde aeronaves frequentemente atingem ou superam a velocidade do som. Mach 1, por exemplo, corresponde a 340 metros por segundo ou aproximadamente 1.224 quilômetros por hora. O termo é uma homenagem ao físico Ernst Mach, que no século XIX, realizou estudos fundamentais sobre a dinâmica dos gases e a velocidade do som.
Ernst Mach foi pioneiro ao medir a velocidade do som e capturar imagens das ondas de choque criadas por objetos em alta velocidade, como projéteis. Este avanço científico foi crucial para o desenvolvimento da aviação supersônica. Durante a Segunda Guerra Mundial, a ideia de uma “barreira do som” surgiu quando pilotos perceberam que o ar se comprimia em altas velocidades, levando à crença de que ultraar a velocidade do som era impossível.
Como funciona a velocidade do som?
O som é uma onda que se propaga através do ar, semelhante às ondas criadas por uma pedra jogada em um lago. Quando uma aeronave se move, ela comprime o ar ao seu redor, gerando ondas de pressão. Em velocidades abaixo de Mach 1, essas ondas se movem mais rápido que a aeronave. No entanto, ao atingir Mach 1, as ondas se acumulam na frente do avião, formando uma “parede” de pressão, conhecida como a barreira do som.
Para ultraar essa barreira, a aeronave deve acelerar além de Mach 1, resultando em uma explosão sônica. Este fenômeno é caracterizado por um som alto, causado pela súbita mudança de pressão quando o ar ao redor do avião é altamente comprimido. Curiosamente, o estalo de um chicote é um exemplo cotidiano de quebra da velocidade do som, onde a ponta do chicote atinge velocidades supersônicas.

Quais são os desafios da aviação supersônica?
A aviação supersônica enfrenta desafios significativos, principalmente relacionados à aerodinâmica e à pressão. As aeronaves que operam em velocidades superiores a Mach 1 devem ser projetadas para lidar com a alta pressão e temperatura geradas durante o voo. Isso requer inovações no design, como fuselagens mais aerodinâmicas e materiais resistentes ao calor.
Os veículos hipersônicos, que operam em velocidades muito superiores a Mach 1, enfrentam desafios ainda maiores. A temperatura extrema gerada pelo atrito com o ar exige materiais avançados e sistemas de resfriamento eficazes para garantir a segurança e a integridade estrutural da aeronave.
Como a aviação evoluiu após a Segunda Guerra Mundial?
Após a Segunda Guerra Mundial, a tecnologia da aviação avançou rapidamente, permitindo que várias aeronaves quebrassem a barreira do som. Isso levou ao desenvolvimento de jatos supersônicos, que revolucionaram o transporte aéreo e militar. A capacidade de voar em velocidades supersônicas tornou-se um marco na engenharia aeronáutica, ampliando as possibilidades de exploração e defesa.
Os avanços na tecnologia de materiais e na compreensão da aerodinâmica foram fundamentais para superar os desafios associados ao voo supersônico. Hoje, a pesquisa continua a explorar novas fronteiras, com o objetivo de tornar o voo hipersônico uma realidade viável para o futuro.
Qual é o futuro promissor da aviação supersônica?
O futuro da aviação supersônica é promissor, com várias iniciativas em andamento para desenvolver aeronaves comerciais capazes de voar em velocidades superiores a Mach 1. Empresas e agências espaciais estão investindo em pesquisa e desenvolvimento para criar jatos que possam reduzir significativamente o tempo de viagem entre continentes.
Além disso, a exploração do espaço e o desenvolvimento de veículos hipersônicos estão abrindo novas possibilidades para a aviação. Com o avanço contínuo da tecnologia, é provável que a aviação supersônica e hipersônica se tornem cada vez mais comuns, transformando a maneira como as pessoas viajam e exploram o mundo.