O destino do universo tem sido uma questão intrigante para cientistas e filósofos. Recentemente, pesquisadores da Universidade Radboud, na Holanda, apresentaram uma nova estimativa sobre quando o universo se tornará completamente escuro. Segundo seus cálculos, isso ocorrerá em cerca de 1078 anos, uma previsão que desafia estimativas anteriores.
Essa nova previsão está ligada à radiação de Hawking, uma teoria que sugere que buracos negros podem perder massa ao emitir radiação, eventualmente desaparecendo. Essa ideia, proposta por Stephen Hawking, tem implicações significativas para o futuro do cosmos.
Como a radiação de Hawking influencia o universo?
A radiação de Hawking é um fenômeno quântico que ocorre próximo ao horizonte de eventos de um buraco negro. Pares de partículas surgem espontaneamente, e quando uma partícula é capturada pelo buraco negro e a outra escapa, o buraco negro perde massa. Esse processo, embora lento, sugere que buracos negros não são eternos.
Além dos buracos negros, outros corpos celestes, como estrelas de nêutrons, também podem ar por um processo de evaporação semelhante. Isso significa que, com o tempo, esses objetos também desaparecerão, contribuindo para um universo cada vez mais escuro.

Por que estrelas de nêutrons desaparecem?
Estrelas de nêutrons são incrivelmente densas e formadas a partir do colapso de estrelas massivas. A pesquisa indica que a densidade de um objeto é crucial para determinar seu tempo de evaporação. Assim, tanto estrelas de nêutrons quanto buracos negros estelares têm tempos de vida semelhantes, estimados em cerca de 1067 anos.
Embora os buracos negros tenham campos gravitacionais mais intensos, eles também reabsorvem parte da radiação que emitem, o que retarda sua evaporação. Esse equilíbrio entre emissão e reabsorção torna o estudo desses fenômenos um campo fascinante e complexo.
Quais são as implicações para o futuro do cosmos?
As implicações dessas descobertas são profundas. À medida que estrelas e buracos negros desaparecem, o universo se tornará um lugar mais escuro e vazio. Essa perspectiva levanta questões sobre o futuro da matéria e da energia no cosmos e desafia nossa compreensão atual dos fenômenos gravitacionais extremos.
Essas pesquisas foram publicadas em revistas científicas de prestígio, como o Physical Review Letters e o Journal of Cosmology and Astroparticle Physics, e continuam a inspirar novas investigações sobre a natureza do universo e seu destino final.