O Alzheimer, muitas vezes associado apenas à perda de memória na velhice, pode ter raízes inflamatórias muito mais precoces e silenciosas. A Dra. Priscila Antunes (CRM 109981-7), médica com foco em desinflamação e saúde integrativa, alerta em seu perfil @drapriantunes que o processo inflamatório cerebral — chamado de neuroinflamação — pode ter início décadas antes dos primeiros sintomas cognitivos aparecerem.
Segundo ela, hábitos simples, como o uso regular de especiarias anti-inflamatórias e a atenção ao funcionamento do intestino, podem ajudar a reduzir drasticamente esse risco.
O que é neuroinflamação e como ela pode afetar o cérebro?
A neuroinflamação é uma resposta inflamatória crônica que atinge o sistema nervoso central, geralmente como consequência de processos metabólicos, alimentares ou infecciosos. O problema é que ela não dá sinais imediatos, e os danos se acumulam ao longo do tempo, afetando neurônios e sinapses.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer já é a forma mais comum de demência no mundo, e processos inflamatórios crônicos estão entre os fatores de risco mais consistentes.
Como a alimentação influencia nesse processo?
A Dra. Priscila Antunes destaca que as especiarias naturais são fortes aliadas contra a inflamação, especialmente a neuroinflamação. Alimentos como:
- Coentro (potente na eliminação de metais pesados)
- Açafrão (curcumina)
- Gengibre
- Canela
- Cravo
Esses alimentos possuem compostos bioativos que atuam como antioxidantes e anti-inflamatórios naturais, protegendo as células cerebrais contra o estresse oxidativo.
Qual a relação entre intestino e Alzheimer?
O intestino é considerado hoje o “segundo cérebro” por muitos pesquisadores. Isso porque grande parte dos neurotransmissores e do sistema imune está ligado ao intestino, e um desequilíbrio na microbiota intestinal pode desencadear processos inflamatórios sistêmicos — inclusive no cérebro.

A médica explica que sintomas simples, como prisão de ventre crônica, já são um sinal de alerta. Eles mostram que o intestino está inflamado, o que pode antecipar ou piorar quadros neurodegenerativos no futuro.
O que dizem as diretrizes e estudos oficiais?
Estudos recentes publicados na revista científica Nature Reviews Neurology demonstram que inflamações de baixo grau, provocadas por dietas inflamatórias, disbiose intestinal e exposição a metais pesados, estão diretamente relacionadas ao surgimento precoce de doenças como Alzheimer e Parkinson.
A OMS recomenda uma alimentação anti-inflamatória rica em frutas, vegetais, especiarias, gorduras boas e baixo consumo de ultraprocessados. e:
Quais sinais precoces merecem atenção?
Muitas pessoas acreditam que o primeiro sinal de Alzheimer é a perda de memória. Mas segundo a Dra. Priscila, isso já é um sintoma tardio. Fique atento a sinais mais sutis:
- Prisão de ventre crônica
- Fadiga mental frequente
- Dificuldade em manter foco
- Mudanças de humor constantes
- Intestino irritável ou desregulado
Observar esses indícios pode ser crucial para atuar preventivamente antes que danos neurológicos se consolidem.
Neuroproteção começa hoje, não no futuro
A fala da Dra. Priscila Antunes nos convida à ação imediata: não espere a perda de memória para cuidar do cérebro. Incorporar especiarias na alimentação e cuidar do intestino são práticas simples, mas com impactos duradouros para quem deseja envelhecer com saúde mental preservada.