MODA

Qualidade não se discute

Atenção aos materiais, acabamentos e design são características que mantém a Essenciale entre as grandes marcas de luxo do Brasil

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Com mais de 30 anos de história, a Essenciale é considerada referência quando o assunto é padrão de qualidade. Esse posto é consequência das prioridades da marca, que desde o início dos anos 1990, quando foi fundada por Valéria Lemos, aposta em tecidos e materiais nobres, acabamento detalhado e design diferenciado.


A empresa, muito conhecida pela camisaria e alfaiataria, seus carros-chefe, preza pelo olhar humano na produção. Por isso, embora alguns processos sejam industriais, a finalização das peças a sempre pelas mãos de dentro da produção da marca, inclusive de Valéria, que além de fundadora, é coordenadora de estilo e busca estar presente em todas as etapas produtivas.

“A Essenciale chegou onde queríamos que ela chegasse. Sinto que se eu crescer muito mais, posso perder as rédeas desse produto tão bem-feito e bem elaborado”, ressalta a fundadora, deixando o seu compromisso com a qualidade, que já se tornou símbolo da marca.

Márcio Rodrigues


Tendências com DNA


Como é de praxe em seus lançamentos, a grife trabalhou a pesquisa de tendências articulada com sua essência e, claro, materiais especiais com texturas diferentes. Por se tratar de uma marca brasileira e que atende o público brasileiro, tecidos fluidos e pouco invernosos também foram explorados. “Pensamos em muitas peças que podem ser usadas durante o ano todo”, destaca Valéria.


Dividida em “famílias”, a coleção pode ser vista como se fosse um livro. Cada grupo de peças, que se unem pela modelagem e tecido utilizados, configura-se como um capítulo e, juntos, narram uma história. “A partir do momento que você cria uma coleção, você conta uma história, que precisa ser compartilhada”, destaca Valéria.


A alfaiataria é inegociável na Essenciale, e está em todos os lançamentos. No outono-inverno 25 esse clássico recebeu uma releitura com novos e diferentes tecidos. “As alfaiatarias são sempre atemporais, e podem ser repaginadas com tecidos que não são óbvios para a alfaiataria”, comenta. A alpaca, que mescla algodão e lã, traz uma proposta adequada à estação, com um toque aconchegante e mais quentinho, mas não se restringe a um inverno pesado.


Inovando na escolha dos tecidos, o crepe foi prensado e usado na alfaiataria. O tweed, tecido bem encorpado e invernoso, foi também escolhido para compor as peças icônicas da marca. Micro-paetês e miçangas foram usados nos bordados, formando flores em 3D e trazendo delicadeza para as peças.


As camisas também são presença garantida em todas as coleções. Neste mais recente lançamento, uma peça em seda pura com babados e abotoaduras em pérola se destaca. “Ela tem um toque chique e feminino que dialoga muito com a proposta da marca”, comenta Lemos. Um jersey italiano, um pouco mais grosso mas ainda com movimento, foi escolhido para compor peças mais limpas, que podem ser complementadas com órios maiores e mais chamativos.

márcio rodrigues


Inverno pode ser fluido


Pensando na realidade das brasileiras e na versatilidade das peças, a Essentiale usou tecidos fluidos na coleção deste outono-inverno que, como Valéria destaca, é mais focada no outono, já que não há inverno muito rigoroso no país. A seda pura é outro tecido da coleção que já é um clássico da marca, que preza por fibras naturais independentemente de qualquer coisa, mesmo que tenha que importar materiais para isso.


O veludo, muito usado no inverno, ganha fluidez e estampa na coleção. Vestidos longos e macacões foram fabricados em um veludo verde petróleo italiano com desenhos de cashmere, revisitando a emblemática estampa setentista. O material ou por uma dublagem, inclusive, para que modelasse o corpo das mulheres. Algumas das peças dessa “família”, compostas por esse tecido, são finalizadas com correntes douradas que adicionam peso e brilho à produção.


Outro tecido que mescla o veludo com a estamparia é o devorê, que compõe a cápsula Chloé, que já é uma transição do inverno para o verão, o último drop da coleção a ser lançado. Esse material é importado da França e é composto majoritariamente por seda pura e viscose. A técnica para fabricá-lo consiste, basicamente, em corroer o veludo (por isso algumas partes adquirem até certa transparência) e, em seguida, estampá-lo.

A renda marca também a coleção da Essenciale para a estação mais fria do ano. Em blusas, vestidos, calças, bodys e saias, é um dos mais imponentes e recorrentes tecidos da coleção. “A gente trouxe uma renda com um toque aveludado, que fica parecendo um tecido vintage”, destaca Valéria, que trabalhou ainda sobreposições que contrastam o preto com o tom off da renda. A trama do tecido também remete ao cashmere, como faz o veludo verde de outra “família” da coleção.

Márcio Rodrigues


Suor gerou sucesso


Valéria Lemos se formou em relações públicas, indo na contramão da família de médicos e advogados que a circunda. A moda sempre esteve em seu radar, atuava no styling e ajudava na butique de amigas próximas, antes de decidir cursar moda. Logo depois de se formar no curso de estilismo, começou sua loja, que era basicamente destinada a amigas e familiares.


Um dia, quando tinha cerca de cinco anos de loja, chegou uma cliente de Porto Alegre que havia conhecido a marca por meio de indicação. “Essa cliente chegou e me perguntou quantas peças eu tinha no estoque, eu respondi que tinha por volta de 120 peças, e ela quis comprar todas”, destaca.
A partir daí, com outras indicações, ela percebeu que o mercado atacado a estava convocando, então foi ao Minas Trend e logo depois para grandes showrooms em São Paulo, onde atende até hoje clientes de peso do Brasil inteiro.


Diferenciais

Valéria chama atenção para a importância da pesquisa no processo criativo. “Eu preciso estudar moda, economia e comportamento para desenvolver uma linha”, diz, destacando que a qualidade de suas peças fazem com que durem muito tempo nos guarda-roupas, e, sendo assim, os designs precisam ser atemporais.


Depois de três décadas de elegância e sobriedade, Valéria enxerga que as clientes valorizam muito os clássicos e as novidades fruto desse trabalho de pesquisa. Por isso mesmo que nesta coleção optou pela vasta gama de tecidos, muitos inusitados, com caimentos e gramaturas diferentes. “No inverno, uso mais texturas, enquanto no verão, aposto nas estampas”, explica.


O trabalho manual também é muito apreciado pela fundadora, que analisa um desinteresse geral do mercado em relação a isso. “As pessoas ficaram muito desinteressadas pelos processos artesanais, processos de construção de um produto, elas querem tudo muito automatizado e pronto”, comenta.

*Estagiária supervisionada por Isabela Teixeira da Costa


“É preciso estudar muito para coordenar cor, tecido e modelagem trazendo elegância para a peça”

Valéria Lemos, Fundadora da Essenciale

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