
Capela histórica de Sabará começa a ser restaurada nesta quarta (10)
Obras no prédio do século XVIII custarão R$ 850 mil e fazem parte do programa Minas Para Sempre, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
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Siga noA emblemática Capela de Santo Antônio do Pompéu, marco histórico de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ará por um processo de restauração. As obras, marcadas para começar nesta quarta-feira (10), visam a revitalizar o telhado e os elementos artísticos da igreja, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), devido à sua importância cultural. A previsão de conclusão não foi informada.
A iniciativa conjunta da Arquidiocese de Belo Horizonte, comunidade local e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) resultará em um investimento total de aproximadamente R$ 850 mil. Os trabalhos de restauração serão executados por empresas especializadas e terão ainda a dedicação dos técnicos do Memorial da Arquidiocese.
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A capela é um dos projetos contemplados pelo programa Minas Para Sempre, do MPMG, lançado em julho do ano ado. A iniciativa tem como objetivo promover a recuperação, restauração e conservação de bens considerados integrantes do patrimônio cultural mineiro, a fim de aprimorar ou restabelecer sua utilização pela sociedade e preservação para as atuais e futuras gerações.
O pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, padre Eribaldo Pereira Santos, enfatiza a relevância do projeto. “Como nos diz nosso arcebispo Dom Walmor, o patrimônio histórico de nosso estado é uma herança que produz uma experiência singular e que gera em nós um senso de pertencimento, com desdobramentos na cidadania mineira”, afirma.
Com origem que remonta a 1731, a Capela de Santo Antônio do Pompéu não possui registros precisos sobre o período de sua edificação. Contudo, seu altar, caracterizado por elementos da primeira fase do barroco mineiro, e os notáveis painéis retratando milagres vinculados à intercessão de Santo Antônio, destacam-na como um patrimônio mineiro a ser preservado e revitalizado.
O programa Minas Para Sempre
Com um aporte financeiro de R$ 17 milhões, o programa Minas Para Sempre divulgou a primeira fase de restauração em julho de 2023, contemplando 10 edificações tombadas como patrimônio. Entre essas, destaca-se o cerâmico no Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e o território da comunidade Kilombo Manzo Ngunzo Kaiango, situado próximo à Serra do Curral, com extensão até o município vizinho de Santa Luzia.
Na capital mineira, uma das obras a receber cuidado especial é o do renomado artista plástico Mário Silésio, datado de 1959. A obra, constituída por azulejos nas cores azul, amarelo, vermelho e branco, encontra-se protegida por uma estrutura metálica, envolta em plástico bolha e espuma, evitando desprendimentos de pastilhas.
Marcelo Maffra, promotor responsável pela Coordenadoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), destaca a diversidade dos bens culturais a serem contemplados. Ele ressalta que o programa abrange desde comunidades quilombolas até igrejas barrocas e prédios públicos, abraçando a riqueza cultural de diversas regiões do estado.
Na primeira etapa de restauração, além da Capela de Santo Antônio do Pompéu,o programa destinou recursos para a capela de Bom Jesus da Lapa, em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, da Matriz Nossa Senhora dos Prazeres, em Milho Verde, distrito do Serro, e a requalificação da Escola Municipal Daniel de Carvalho, em Conceição do Mato Dentro, Região Central de Minas.
Também arão por restaurações a Igreja Matriz de Santo Amaro, em Santa Bárbara, na Região Central; o Museu Mariano Procópio e Parque, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira; Antigo Prédio da Prefeitura Municipal de Grão Mogol, no Norte de Minas; Casinha Velha, em Belo Vale, Região Central de Minas. Por fim, os investimentos incluem aproximadamente R$ 550 mil para renovar a frota de veículos do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).