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ACUSADO DE HOMICÍDIO

TJ anula julgamento de irmão de prefeito que matou ex-presidente da Câmara

A decisão veio de recurso do MPMG, que apontou que júri foi contra provas

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Absolvido da acusação de homicídio, o ex-secretário de obras de Patrocínio Jorge Marra será julgado novamente. O júri popular que ocorreu em outubro de 2022 foi anulado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Jorge, que é irmão do atual prefeito do município do Alto Paranaíba, Deiró Marra (PSB), atirou e matou o ex-presidente da Câmara da cidade, Cássio Remis, há três anos e meio.


A decisão levou em consideração o recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O argumento é o de que o júri tomou decisão que ia contra as provas. À época do julgamento, foi acolhida a tese de que Marra teria agido para se defender.


Contudo, o MPMG apontou que “as testemunhas foram uníssonas em afirmar que a vítima não agrediu o réu, apenas exigia a entrega do seu aparelho celular, tomado pelo acusado”. Além disso, ainda de acordo com a promotoria, a reação de Jorge Marra poderia ser considerada desproporcional, uma vez que “a vítima não estava armada e que tudo ocorreu no pátio da Secretaria Municipal de Obras, local em que o acusado era o chefe, tendo vários funcionários lhe protegendo”.


O novo júri vai acontecer em 11 de abril. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Marra.

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O caso

Em setembro de 2020, Cássio Remis fez uma transmissão ao vivo por redes sociais em que criticava uma obra de reforma do eio no imóvel, que seria o comitê do prefeito Deiró Marra. Naquele ano, Deiró foi reeleito prefeito. A mão de obra seria da própria prefeitura de Patrocínio, segundo Remis.


O vídeo foi interrompido pelo então secretário de obras, Jorge Marra, que tomou o celular da pessoa que gravava Remis. O aparelho foi levado à sede da Secretaria de Obras. Cássio Remis seguiu Marra para tentar recuperar o celular. No local, a discussão continuou. Em dado momento, Jorge Marra sacou uma arma e deu cinco tiros no candidato a vereador, que morreu na hora. Câmeras registraram o caso.

Dois anos depois, o ex-secretário foi julgado por homicídio qualificado. O júri entendeu a ação como legítima defesa. Marra recebeu condenação apenas por porte ilegal de arma de fogo. Pegou dois anos e dez dias de sentença, cumpridos ao longo do processo até o julgamento.

Em seu primeiro discurso após a reeleição para prefeito de Patrocínio, ainda em 2020, Deiró Marra (DEM) fez uma homenagem ao irmão. “Tenho que fazer uma referência pessoal. O secretário de Obras que fez as obras desta cidade. Se nós, hoje, demos essa surra neles, foi porque tivemos o secretário Jorge Marra”, afirmou em discurso a apoiadores à época.

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