
Investigação sobre morte de professor segue sem conclusão após dois meses
Nessa semana, um homem apontado como proprietário do imóvel onde ocorreu o desabamento foi ouvido pela polícia
compartilhe
Siga noDois meses e meio após a queda da marquise que matou o professor de música Thiago Ramon, de 38 anos, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, a investigação da Polícia Civil (PCMG) ainda não foi concluída.
Nessa semana, um homem apontado como proprietário do imóvel onde ocorreu o desabamento foi ouvido pela corporação. A reportagem apurou que, desde o acidente, pela primeira vez alguém foi ouvido sobre o caso. Não há indícios de que a investigação esteja avançando.
-
14/02/2025 - 17:47 Vídeo: mulher furta bolsa em shopping de cidade mineira -
14/02/2025 - 17:12 Homem é eletrocutado e cai em açude em cidade mineira -
13/02/2025 - 15:00 Ciclista mineiro é morto a tiros em assalto em São Paulo
Em nota, a PC informou que "de acordo com o delegado responsável, Samuel Neri, a investigação segue em sigilo. Diligências estão em andamento e outros depoimentos estão agendados".
Família de Thiago entrou na Justiça
A família de Thiago ingressou com uma ação na Justiça, alegando que os donos do imóvel não cumpriram suas obrigações legais de manutenção da marquise e que a prefeitura de Juiz de Fora teria sido omissa ao não fiscalizar adequadamente a estrutura.
O advogado da família argumenta que, conforme informações divulgadas pela própria prefeitura, o proprietário do imóvel não apresentou laudos de estabilização da marquise, conforme exigido por lei municipal. Na petição, ele destaca que "tivessem os réus agido ou cumprido seus deveres legais, a marquise não teria colapsado, e Thiago ainda estaria vivo".
A família solicita o ressarcimento dos custos com velório e enterro, uma indenização por dano moral entre R$ 500 mil e R$ 1,25 milhão, além de uma pensão mensal de R$ 4.364,19 para a viúva pelos próximos 38 anos, tempo correspondente à expectativa de vida do professor. A defesa também enfatiza que Thiago era o principal provedor da família e auxiliava financeiramente sua mãe.
Relembre o caso
Thiago Ramon morreu no dia 21 de novembro de 2024, após ser atingido pelo desabamento de uma marquise na Rua Floriano Peixoto, no Centro de Juiz de Fora. O professor caminhava pela calçada quando a estrutura cedeu.
O Corpo de Bombeiros (CBMMG) informou que a marquise ficou parcialmente presa ao edifício, bloqueando a saída de quatro funcionários de uma loja no local. Após a tragédia, constatou-se que a marquise apresentava irregularidades e que o laudo de estabilização exigido por lei não havia sido apresentado pelo proprietário do imóvel.