
Educadora que morreu após cirurgia plástica será velada nesta segunda em BH
Educadora Claudineia Francisca Lima, de 46 anos, teve a traqueia perfurada após procedimentos estéticos em clínica no prédio do Hospital Lifecenter
compartilhe
Siga noO corpo da educadora Claudineia Francisca Lima, de 46 anos, será velado na Capela Metropax, no bairro Eldorado, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (17/2), das 8h às 11h. A mulher morreu depois de ser submetida a uma cirurgia de hérnia epigástrica e abdominoplastia e sofrer complicações, na noite de sábado (15).
Familiares e amigos também poderão se despedir de Claudineia no Cemitério do Bonfim, na Região Noroeste de Belo Horizonte, a partir das 12h. No local, também ocorrerá o sepultamento do corpo.
-
16/02/2025 - 22:32 Polícia e Sejusp investigam denúncia de estupro coletivo em presídio -
16/02/2025 - 21:10 Homem morre ao capotar carro em rodovia e atingir área de vegetação em MG -
16/02/2025 - 20:12 MG: bombeiros quebram parede de casa e resgatam idoso em acidente
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, a mulher foi internada no hospital Lifecenter, no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para realizar um procedimento de retirada de hérnia epigástrica – um inchaço na parte superior do abdômen, entre o osso esterno e o umbigo – e a realização de uma abdominoplastia, na quinta-feira (13).
Conforme a Polícia Civil, ela sofreu complicações no estado clínico e foi encaminhada ao Hospital Alberto Cavalcanti, na região do Barreiro, onde ou por uma cirurgia de alto risco para conter um rompimento da traqueia.
Após o procedimento, informa a PM, a família foi informada que a cirurgia foi bem sucedida, porém a mulher apresentou grave inchaço do rosto e chegou a receber cuidados anti-histamínicos, contra alergias a medicamentos, até que foi removida para o atendimento de emergência, onde foi tentada a reparação do rompimento da traqueia, mas sem sucesso.
Porém, em nota enviada ao Estado de Minas, a assessoria do médico afirma que a traqueia da paciente não foi perfurada pelo cirurgião e a equipe não percebeu qualquer intercorrência durante o procedimento.
A mesma nota, entretanto, informa que a mulher foi entubada pelo anestesista como um procedimento padrão de cirurgia. A entubação traqueal é um procedimento médico que consiste na inserção de um tubo na traqueia do paciente, através do nariz ou da boca, no caso, devido à necessidade de anestesia geral.
Complicações em cirurgia
De acordo com o marido de Claudineia, Adinelson Valadares, mesmo após o corte na traqueia ter sido identificado, a plástica prosseguiu e só depois a mulher foi encaminhada para os cuidados de risco vital. Ele contou que questionou os recursos da clínica diante ao quadro da sua mulher e afirma que a plantonista disse não saber como fazer a transferência e que, tomada pelo desespero, a plantonista começou a chorar. Depois, quando se controlou, a profissional de saúde ligou para outros médicos pedindo orientações, ainda segundo o marido de Claudineia.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
O cirurgião plástico então disse que ela tinha sinais vitais estáveis, mas foi questionado sobre a dificuldade respiratória e sobre o quadro que não seria bom. O médico concordou com a transferência da paciente, mas alertou que os custos correriam por conta da família. O Samu foi então acionado, mas teria informado que a própria clínica deveria fornecer a ambulância. O médico também teria ligado para o Samu e recebido a mesma informação.
A família pediu para a clínica fornecer uma ambulância e o médico teria então dito que teria o recurso, mas que demoraria por volta de uma hora e meia. Com isso, foi decidido pela família e pelos médicos usar o pronto-atendimento do Hospital Lifecenter, onde a mulher recebeu os primeiros procedimentos, mas não foi internada pois não tinha convênio.
Na madrugada de sexta (14), o médico conseguiu uma ambulância e ela foi transferida ao hospital MedSênior, na Pampulha, onde foi itida em sala de urgência. No hospital, o cirurgião Marcelo Reggiani ou a paciente para uma médica plantonista, onde Claudineia ou pela sala de emergência e depois para a sala de medicação, onde foi avaliada pelo médico André que a diagnosticou com uma lesão na traqueia.
Um especialista foi ado e Claudineia foi transferida para o Hospital Alberto Cavalcanti, do outro lado da cidade, na Região do Barreiro, onde ela finalmente foi atendida por um cirurgião torácico. Já no sábado (15), ela foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu e morreu.
Em nota enviada ao EM, o médico atribui o agravamento do caso à demora no tratamento efetivo ocasionado por sucessivas transferências entre hospitais após a cirurgia plástica. O profissional tem clínica reconhecida nas redes sociais, onde mostra resultados dos procedimentos, responde a dúvidas de pacientes e faz até orçamentos.