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PROTEÇÃO À MULHER

‘Plantão Lilás’ garante atendimento 24h à mulher vítima de violência em MG

Iniciativa da Polícia Civil quer garantir o atendimento especializado em todas as delegacias de plantão do estado

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Mulheres vítimas de violência agora podem contar com o Plantão Lilás, uma iniciativa da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) que garante atendimento especializado em todas as delegacias de plantão do estado. A ação é uma expansão da Sala Lilás, que já estava em operação nas cidades de Poços de Caldas, Guaxupé e Muzambinho, todas no Sul de Minas.

Conforme publicado nesta segunda-feira (17/2) no Estado de Minas, a rede especializada no atendimento às vítimas em Minas Gerais é composta por apenas 70 delegacias, o que representa menos de 10% do total de cidades mineiras. A criação da Diretoria Estadual de Gestão das Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam) foi anunciada em agosto de 2024. Mas, quatro meses depois, a PCMG divulgou que não há previsão para criação de novas Delegacias de Plantão Especializadas em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerância.

Como forma de garantir amparo para as mulheres mineiras, o Plantão Lilás prevê o atendimento humanizado e ininterrupto às mulheres em situação de violência doméstica e familiar nos dias e horários em que não houver funcionamento da Deam local. No interior de Minas, espaços serão criados nas delegacias para que as vítimas sejam atendidas via videoconferência por uma equipe multidisciplinar especializada da Central Estadual do Plantão Digital, em Belo Horizonte.

O anúncio foi feito durante a cerimônia de inauguração da nova sede do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), nesta segunda-feira. 

O prédio de 13 andares da unidade fica na Rua Rio Grande do Sul, 661, em Belo Horizonte, e a a concentrar o atendimento dos Departamentos de Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância (Demid) e de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad). A integração visa melhorar a eficiência no atendimento à população.

Na cerimônia de inauguração, estiveram presentes o governador Romeu Zema (Novo) e a delegada-geral da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Letícia Gamboge. As novas medidas fazem parte do projeto PCMG por Elas, cujo objetivo é otimizar as ações de acolhimento, prevenção e enfrentamento da violência contra mulheres e meninas.

“O programa vem como um grande guarda-chuva, abarcando todos os projetos institucionais da Polícia Civil voltados tanto à prevenção quanto ao combate à violência contra meninas e mulheres”, afirmou Gamboge. “Estaremos disseminando esse conceito e essas boas práticas e ações da polícia civil nos moldes que hoje existem em Belo Horizonte”, completa.

Ela ainda ressaltou a importância de iniciativas como o Dialogar, que promove oficinas de conscientização e responsabilização, e o Chame a Frida, oferecendo atendimento via WhatsApp que funciona como um canal para tirar dúvidas, assim como para registrar denúncias de casos de violência contra mulheres. 

“O trabalho de prevenção da violência contra a mulher a pela conscientização. A mulher não pode se calar, tem que denunciar; e aqui temos uma estrutura adequada para esse acolhimento nos moldes que estamos reformulando todas as sedes de delegacias de atendimento especializado à mulher”, declarou a delegada-geral.

Feminicídios em Minas

Minas Gerais é o segundo estado do país com maior número de ocorrências de feminicídio, atrás apenas de São Paulo, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2023, 183 mulheres morreram no estado. Em dezembro de 2024, o governo do estado anunciou uma queda de 24%, até setembro, nos registros de mortes femininas. Entretanto, o número de tentativas desse tipo de crime teve um aumento expressivo de 62,18% no mesmo período.

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De janeiro a novembro de 2024, a Polícia Civil indiciou mais de 27 mil pessoas por violência contra a mulher. Dentre as principais dificuldades na denúncia dos crimes contra a mulher estão o receio da falta de acolhimento pelas autoridades, a insegurança financeira e o medo da revitimização. 

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