Belo Horizonte lança plano para agilizar atendimento em grandes acidentes
Após acidente com 15 feridos no túnel da Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte, prefeitura estrutura resposta integrada para otimizar o socorro
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Siga noUma semana após um ônibus bater contra a lateral do túnel da Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte, deixando 15 pessoas feridas, a capital mineira anunciou um plano assistencial para organizar o atendimento em acidentes com múltiplas vítimas. Lançada nesta quinta-feira (20/2) pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a iniciativa busca integrar toda a rede de urgência e emergência da cidade e garantir que, diante de um grande incidente, cada instituição saiba exatamente qual papel desempenhar e como agir para otimizar o socorro.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) continua sendo o responsável por identificar e reportar esses acidentes — que podem envolver um grande número de pessoas ao mesmo tempo ou apresentar casos de extrema gravidade—, acionando o novo plano de assistência municipal.
O plano estabelece diferentes níveis de ativação, ajustados conforme o número de vítimas e a gravidade do acidente, O plano estabelece diferentes níveis de ativação, ajustados conforme o número de vítimas e a gravidade do acidente, que serão ativados pelo recém-criado Centro de Coordenação de Crise para garantir uma resposta mais ágil e eficiente.
“O que a gente espera com esse plano é evoluir a capacidade da cidade de dar resposta a eventos que a gente não gosta que aconteçam, mas para os quais precisamos estar preparados”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges.
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“O plano define previamente quais grupos serão acionados, quem é a referência de cada setor e quais as atribuições de cada um, permitindo respostas rápidas e efetivas. Assim, com base no tipo de trauma ao qual as vítimas foram submetidas, será possível definir rapidamente qual o melhor serviço para recebê-las. Caso o hospital de referência já esteja sobrecarregado, o plano prevê a transferência de outros pacientes para liberar espaço e priorizar o atendimento dos feridos”, explicou Borges.
Estratégias
Antes da implementação do plano, apenas 40% dos hospitais da cidade tinham estratégias próprias para lidar com esse tipo de acidente. Esses modelos foram utilizados como base para expandir o planejamento a 100% dos dez principais hospitais de pronto-atendimento da rede municipal. Com isso, todas essas unidades agora am a ter diretrizes específicas para lidar com eventos dessa natureza.
Acidente
A formalização do plano acontece às vésperas do carnaval, período em que Belo Horizonte deve receber cerca de 6 milhões de foliões. Além de preparar a cidade para o aumento da demanda por atendimentos de emergência, a prefeitura pretende compartilhar o modelo com o Ministério da Saúde, para que possa servir de referência a outras cidades do país.