Segurança de boate em BH condenado por morte de fisiculturista é preso
Fabiano de Araújo foi sentenciado em 2022, mas recorria em liberdade. Allan Guimarães Pontelo morreu aos 25 anos, em 2017. Mais três participaram do crime
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Siga noUm homem de 44 anos, condenado por envolvimento na morte do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25, na extinta boate Hangar 677, no Bairro Olhos D'Água, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, foi preso na manhã desta sexta-feira (21/2) pela Polícia Civil (PCMG).
Fabiano de Araújo Leite havia sido sentenciado em maio de 2022 a pouco mais 13 anos de prisão por envolvimento no homicídio do atleta, ocorrido em 2017. Na ocasião, a Justiça concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade.
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Na última terça-feira (18/2), o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri reconheceu a culpa de Fabiano. Com isso, nesta sexta, ele se apresentou espontaneamente ao Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, no Bairro São Cristóvão.
Além dele, outros três homens, também seguranças da casa de shows à época, foram condenados. Em agosto de 2020, William da Cruz Leal e Carlos Felipe Soares receberam pena de 16 anos de reclusão.
Paulo Henrique Pardim de Oliveira foi condenado em novembro do mesmo ano a 11 anos. Tendo em vista que as sentenças aplicadas poderiam ser alvo de recursos da defesa, a reportagem entrou em contato com a assessoria do TJMG para obter uma atualização do processo e aguarda retorno.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público disse que Fabiano, preso nesta sexta-feira, e Paulo Henrique Pardim estavam armados e impediram a aproximação de terceiros a fim de socorrer Allan, que estava sendo agredido em uma área restrita da boate por William e Carlos Felipe.
Ambos iniciaram as agressões depois de Allan, supostamente, não aceitar a ar por uma revista em busca de drogas. O argumento é de que ele estaria vendendo entorpecentes dentro do local. O pai da vítima disse à época que a história foi inventada.
Allan recebeu socos e chutes e terminou estrangulado. O laudo de necropsia apontou como causa da morte "asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço", além de diversas lesões no corpo.
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Ainda de acordo com a denúncia, os seguranças da boate tinham como hábito a realização de abordagens truculentas e violentas a pessoas que frequentavam a casa de show.