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CARNAVAL DE BH

Afronta BH reúne 400 pessoas na Praça da Liberdade contra o racismo

Luta contra o preconceito é uma das bandeiras do movimento embalado ao som do afoxé e do maracatu

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Mistura ritmada e potente de crenças, ancestralidade, orgulho, luta contra o preconceito e o racismo, sem perder o tom da alegria às vésperas do carnaval. Na manhã deste domingo (23/2) ensolarado, a Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi o ponto de partida para cortejo do Afronta BH, formado por blocos de matriz afro, que levou ao espaço público mais nobre da capital os sons do afoxé e do maracatu. 

 

Entre os participantes, OriSamba, Saravá, Seu Benedito!, Bloco Tá Caindo Fulô, Bloco Vô Manoel, Afoxé Ògún Dé, Maracatu Humaitá e integrantes de vários terreiros da capital e cidades vizinhas. "Neste terceiro cortejo do Movimento Afronta BH, temos blocos afro e periféricos, que remetem à diáspora africana", disse Gabriel Moura, um dos coordenadores da iniciativa.

"Samba no pé, fé na cabeça", destacou Mãe Míriam, do Templo de Umbanda Pai Joaquim de Angola, de Contagem, na Grande BH. "Estamos aqui pela representatividade da nossa religião", afirmou Mãe Míriam, cheia de entusiasmo. Para não perder o pique nem desidratar, ela não se separou de uma garrafa com água geladinha. 

Carregando, com elegância, o estandarte do OriSamba, Maryh Beneditta, contou que, exatamente há um ano, foi vítima de racismo, ao querer almoçar num restaurante do Bairro de Lourdes, próximo à Praça da Liberdade. "Mulher de terreiro, filha da Casa de Pai Ricardo", conforme ressaltou, Maryh informou que o caso tramita na Justiça. "Este cortejo, hoje, conta também a história de pessoas que desceram o morro, na Região da Lagoinha, e vieram para o asfalto fazer o carnaval ", afirmou a porta-estandarte. Feito de palha trançada com e de bambu e símbolos de religiões de matriz africana coloridos, o estandarte se destacou no bloco pela beleza e criatividade.

Contra o racismo 

Eram 11h quando cerca de 400 integrantes do Afronta BH ficaram na escadaria do Museu das Minas e do Metal - Gerdau para uma foto. Em seguida, houve a formação do bloco, sob a regência de Rian Nego. Ele contou que, na bateria, estavam tambores, surdos, repique, caixa e outros instrumentos de percussão.

Antes da partida, a multiartista Janamô, pesquisadora de temas ligados às culturas afro-brasileira e ameríndia, leu um manifesto contra o racismo e os terreiros, os quais considera "espaços sagrados de acolhimento e cura". "É preciso que o racismo seja erradicado, não há mais lugar para segregação ", disse Janamô.

Sob o rufar de tambores, o bloco desceu a Avenida Bias Fortes em direção à Praça Sete, no coração de BH. "O samba é o coração do negro que pulsa", acrescentou Janamô.

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