CARNAVAL 2025

Tchanzinho Zona Norte anima carnaval de BH com pagodão anos 90 e IA

Bloco Tchanzinho Zona Norte iniciou o cortejo com a canção "Me encontra na rua" e teve as famosas músicas dos anos 1990 e até voz robótica

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Nas primeiras horas do carnaval, o Tchanzinho Zona Norte deixou a Avenida dos Andradas prateada. No desfile deste ano, a tônica foi “Tchanzinho, agora vai”, com discussões sobre o uso da inteligência artificial - e o prateado das fantasias representou este futuro que já se tornou presente.

O desfile, que teve a concentração marcada para às 8h, começou por volta de 9h20. O start foi com bateria tocando “Me encontra na rua”, música autoral do bloco lançada este ano. Em seguida, o discurso feito por uma voz robótica marcou o andar do cortejo, que, na sequência, emendou um pagode baiano característico do bloco, que carrega em seu nome homenagem ao É o Tchan!, grupo muito famoso nos anos 90. Ainda na festa de hoje, haverá apresentações dos artistas Rafa Câmara, Augusta Barna e Rubens Aredes.

Próximo da bateria, colado na corda, duas foliãs se destacam na multidão. São as amigas Raquel Moçambique, de 53 anos, e Marilac Almeida, de 56, que se conhecem há mais de 25 anos. A dupla não perde um carnaval, e a empolgação com a folia é tanta que fazem uma fantasia diferente para cada dia. Elas, inclusive, possuem um perfil chamado “As top 40”, onde registram as danças ao longo dos cinco dias de festa - e sempre perto da bateria. “A gente gosta de escutar o sangue na veia”, conta Raquel.

 

Neste 12º ano de Tchanzinho, a bateria é formada por 120 pessoas, e os instrumentos mais a frente carregam placas com nomes de bairros da periferia norte da capital, como Primeiro de Maio, Santa Mônica e Piratininga. Na ala de dança são 50 integrantes.

O Tchanzinho começou desfilando pelas ruas dos bairros Dona Clara e Jaraguá, na região da Pampulha, mas, devido ao tamanho que se tornou, o bloco precisou ir para locais que comportassem mais foliões. Este é o segundo ano que o palco do bloco é a Avenida dos Andradas. A via, sonorizada, recebeu torres que amplificam o som que sai do trio elétrico. A iniciativa visa fazer com que os foliões aproveitem o bloco sem necessidade de se concentrar próximo aos auto falantes do veículo.

  

Sobre o tema deste ano, a fundadora do bloco, Laila Heringer, explicou ao Estado de Minas que o assunto surgiu devido à popularização da tecnologia nos últimos anos. “Vamos tratar sobre como podemos usá-la a nosso favor ou como ela pode nos escravizar. Dependendo de como usamos, podemos dar informações ou conhecimentos para a inteligência artificial nos dominar”, explica.

Dedicação

A escolha do prata para representar o tema do desfile proporcionou algumas cenas inusitadas, como um membro da bateria que virou uma cópia do Freddy Mercury Prateado, personagem interpretado pelo humorista Eduardo Sterblitch no extinto Pânico na TV.

Quem também se dedicou à pintura corporal, mas numa cor diferente, foi o economista Wallace Souza, de 33 anos, que, dourado da cabeça aos pés, se fantasiou de estatueta do Oscar. A inspiração foi na indicação de Fernanda Torres para a categoria de melhor atriz pelo filme “Ainda estou aqui”.

A expectativa do folião é que a atriz volte com a estatueta pra casa. “Totalmente, já é dela. A gente já ganhou. Mas se não der está bom também. Ela estar lá já é uma conquista”, comenta o economista, carioca, que mora há seis anos em BH. “A diferença do carnaval de lá para o daqui é só a quantidade de pessoas, porque a animação já está parecida”, disse.

Aproveitar ao máximo

A experiência de desfilar na avenida sonorizada foi um sucesso ano ado, e que se repetiu este ano. As caixas de som instaladas ao longo da avenida fizeram os foliões se instalarem bem distantes do trio, e mesmo assim conseguiram curtir a música.

A terapeuta Aline Lorena, de 30 anos, conta que ela e os amigos aram a dar preferência por blocos na avenida sonorizada justamente para não precisarem ficar na aglomeração perto da corda. “Ficou muito mais fácil pra gente curtir e não precisar ficar no meio da multidão”, relata.

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Os amigos da terapeuta, inclusive, foram preparados para aproveitar o bloco ao máximo e levaram um carrinho térmico semelhante ao de ambulante. “Os meninos se cadastraram de vendedor, mas foi pra trazer o carrinho com bebidas pra gente mesmo beber”, relata Aline. 

Policiamento no Tchanzinho Zona Norte
Policiamento no Tchanzinho Zona Norte Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Além da sonorização, outro ponto positivo enumerado pelos foliões foi o patrulhamento intenso na Avenida dos Andradas. A servidora pública Juliana Dornelas, de 42, conta que achou o bloco muito organizado e tranquilo. “Ano que vem com certeza vou voltar”, disse.

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