Cardume de pirambebas morde banhistas no interior de Minas Gerais
O ataque dos peixes carnívoros ocorreu em Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Bombeiros que previnem afogamentos ajudaram no socorro
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Siga noUm grupo de sete banhistas foi atacado a mordidas por um cardume de pirambebas no município de Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas Gerais, por volta das 16h40 de domingo (02/03).
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Um grupo de bombeiros posicionados para prevenir e atuar em afogamentos ajudou no socorro dos feridos sem gravidade e evacuou as águas do lago na Praia Municipal.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) uma guarnição continua no local, monitorando a situação.
"Esses incidentes são mais comuns em épocas mais quentes, quando as pirambebas estão em fase reprodutiva e se tornam mais territoriais. Durante esses períodos, os banhistas devem evitar áreas próximas à vegetação aquática, onde as pirambebas costumam desovar, para minimizar o risco de ataques", informa o corporação.
O CBMMG aconselha também que se evite entrar na água com feridas abertas ou sangramentos, já que o sangue pode atrair esses peixes.
"Apesar de sua reputação, as pirambebas não representam uma ameaça significativa aos seres humanos, e os ataques geralmente ocorrem em circunstâncias específicas, como as mencionadas acima", afirma o CBMMG.
A pirambeba (Serrasalmus brandtii) é conhecida por sua capacidade de morder humanos e outros animais, habilidade proporcionada por seus dentes afiados e tricúspides (possui três pontas para agarrar e cortar), capazes de arrancar fragmentos de suas vítimas.
Embora a dieta seja predominantemente composta por peixes, a pirambeba demonstra uma grande adaptabilidade alimentar, ingerindo também insetos como besouros, além de moluscos e larvas de libélulas, entre outros invertebrados.
Originária do Brasil, a espécie habita a bacia do rio São Francisco e é frequentemente encontrada em águas paradas, como reservatórios, onde se reproduz ao longo de grande parte do ano.
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Seu papel ecológico é relevante, pois auxilia no controle populacional ao predar organismos enfraquecidos. Costuma formar cardumes de três a vinte indivíduos, adotando um comportamento de caça oportunista.