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PAUSA NAS ENTREGAS

Motoboys do iFood farão manifestação em BH nesta segunda-feira (31/3)

Trajeto da manifestação, que começa às 9h desta segunda, inclui praças Sete, da Liberdade e da Savassi, além da Rua da Bahia

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Motoboys que prestam serviço à plataforma iFood farão uma paralisação nacional nesta segunda-feira (31/3) pela valorização da categoria. Em Belo Horizonte, a manifestação terá início às 9h na Praça da Estação, na Região Central da cidade. O trajeto a pela Praça Sete, pela Rua da Bahia e pela Praça da Liberdade, antes de chegar à Praça da Savassi.

“A expectativa é que (a manifestação) seja maior do que foi o primeiro break em 2020, que foi nacional também, mas não aconteceu em todos os estados. Dessa vez, vai ser de ponta a ponta. Isso é importante para todo mundo entender que alguma coisa está errada”, afirma Felipe Zuppo, liderança da categoria na capital mineira.

Apesar de os motoboys enfrentarem diversas dificuldades para exercer a profissão, relacionadas à segurança e saúde mental, a paralisação vai focar exclusivamente na valorização do trabalho. Eles pleiteiam o valor mínimo de R$ 10 por entrega de até 4 km, com acréscimo de R$ 2,50 por quilômetro extra e melhoria no sistema de entregas agrupadas. 

Felipe explica que, para um motoboy trabalhar, existe investimento em um bom celular, em uma moto e na manutenção dela, além de gastos com taxas como IPVA e seguros. 

“Tem todo um investimento que ninguém vê. Todo mundo só vê o motoboy ganhando dinheiro, mas para a gente fazer dinheiro, precisa investir. E isso tudo subiu nos últimos anos. Tudo sobe. Só nossa taxa que não”, expõe.

CLT

O presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (AMABR), Edgar Franscisco da Silva, conhecido como Gringo, concorda com Zuppo e acrescenta que as pessoas que trabalham em regime CLT tem férias, 13º, seguro desemprego, dentre outros direitos. Já os motoboys não possuem nenhum desses garantidos.

“A gente quer denunciar para a sociedade que está trabalhando 12 meses por ano sem férias. Estamos a ponto de não conseguir fazer a manutenção da moto ou se alimentar direito, com uma carga horária excessiva em uma profissão de risco. É muito crítico”, explica Gringo.

Ele ainda aponta que a taxa mínima de entrega, que era de R$ 8,90 em 2017, hoje é de R$ 6,50. Para o presidente da AMABR, o valor deveria ser atualizado em vista dos desgastes físico e mental que os motociclistas enfrentam no dia a dia. 


Outro lado

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) informou à reportagem que respeita o direito de manifestação e que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores.

Em relação aos pedidos de mudanças nos valores da remuneração, a Amobitec citou que, conforme o último levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, chegando a R$ 31,33 por hora trabalhada.

"As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando à garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades. Além disso, atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas íveis para utilizar serviços de delivery", informou a associação em nota.

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