O bloco Quando Come Se Lambuza já movimenta a Avenida Afonso Pena na manhã deste sábado (1º/3). Desde as primeiras horas da manhã, foliões chegam à concentração animados para acompanhar um dos blocos mais aguardados do carnaval de Belo Horizonte.

A concentração começou às 9h, entre a Avenida Amazonas e a Rua São Paulo. O cortejo saiu às 10h10, percorrendo uma das avenidas mais famosas da capital. O encerramento e a dispersão estão previstos para as 15h.

O fundador do bloco, André Melado, abriu a festa com um discurso empolgante: "Cada o que a gente dá cria uma nova história e um novo batuque. Se esse bloco tem um coração, ele é a bateria, que mantém tudo vivo. São mais de 700 pessoas envolvidas na operação, tornando o carnaval de BH possível. Obrigado!"

Com o tema "O carnaval tem todos os ritmos. Só você tem o seu", o bloco reforça sua identidade de liberdade e diversidade. A expectativa é de que a multidão tome conta da avenida ao som de um repertório variado, que eia pelo axé, pop, funk e pagode. 

A estrutura do desfile reflete a grandiosidade do evento. São 20 integrantes na bateria, 36 pessoas na ala de dança e dois trios elétricos, garantindo cinco horas de festa. O bloco define sua proposta como “Música Pra Pular Brasileira”, destacando a riqueza musical do país e criando um espaço onde cada folião se sinta representado.

Expectativa alta entre foliões

O entusiasmo é geral entre os participantes, que aguardaram ansiosos pela saída do bloco. Cláudio Souza, 27 anos, assistente judiciário, celebra a experiência no segundo ano no Quando Come se Lambuza. "Estamos ensaiando desde agosto. A expectativa é altíssima! Vai ser o maior bloquinho de Belo Horizonte. Minha melhor amiga, Mariana, está comigo este ano. Estou muito feliz! Quero ar por todos os instrumentos da bateria e viver cada momento dessa energia incrível."

A paulista Mariana Cruz, 23 anos, advogada, curte o carnaval de BH pela primeira vez: "Dizem que esse é um dos melhores blocos do Carnaval de BH, e eu já tô sentindo essa energia! É tudo muito vibrante, cheio de gente animada. Escolhi curtir o Carnaval aqui pela diversidade e pelo clima contagiante dos blocos de rua."

Hits do axé, pop, pagode e funk embalam o cortejo Leandro Couri / E.M/D.A Press
Bloco Quando Come se Lambuza movimenta a Afonso Pena neste sábado de carnaval Leandro Couri / E.M/D.A Press
Estrutura do cortejo conta com dois trios elétricos Leandro Couri / E.M/D.A Press
Segundo organizadores, mais de 700 pessoas estão envolvidas na organização do desfile Leandro Couri / E.M/D.A Press
Bateria conta com 20 integrantes, já a ala de dança 36 Leandro Couri / E.M/D.A Press
Quando Come se Lambuza é considerado um dos blocos mais aguardados do carnaval Leandro Couri / E.M/D.A Press
No ano ado, mais de 500 mil pessoas acompanharam o desfile Leandro Couri / E.M/D.A Press
Bloco tem como principal proposta resgatar o espírito jovem do Carnaval de BH Leandro Couri / E.M/D.A Press
A expectativa é de que a multidão tome conta da avenida ao som de um repertório variado, que eia pelo axé, pop, funk e pagode Leandro Couri / E.M /D.A Press
Vídeo | Carnaval 2025 | Quando Come se Lambuza canta hino do bloco no Centro de BH Leandro Couri/EM/D.A Press

Joyce Alane é atração especial

A participação da cantora pernambucana Joyce Alane é um dos momentos mais aguardados do desfile. Ela promete embalar o público com sucessos como Idiota Raiz e clássicos do Carnaval de Pernambuco, como Frevo Mulher. Com a expectativa nas alturas, Joyce compartilha sua empolgação."É minha primeira vez ando o carnaval aqui. O tamanho do bloco e a animação das pessoas já me impressionam! Em Pernambuco, vivemos o carnaval o ano todo, com maracatu, frevo e ritmos que fazem parte da nossa cultura. Aqui, sinto essa fusão de estilos e estou animada para conhecer melhor essa festa incrível!"

Foliões aproveitam o dia

Na concentração, foliões comentam a animação para o cortejo, enquanto ambulantes aproveitam o grande fluxo de pessoas para vender bebidas e adereços.

Ana Carolina, 19 anos, estudante de Letras na UFMG, curte seu primeiro desfile com o bloco."Vou nos quatro dias de Carnaval, mas este é o primeiro ano que acompanho o Quando Come Se Lambuza. Estou animada e já garantindo minha Beats GT e Xeque Mate."

Tiphany Camille, 19 anos, estudante de Biomedicina na Una, também estreia no bloco."Quero me divertir ao máximo! É minha primeira vez aqui e já sei que vou aproveitar cada dia do carnaval."

A trajetória do bloco

Desde sua criação, em 2014, o Quando Come Se Lambuza tem como proposta resgatar o espírito jovem do carnaval de Belo Horizonte — onde juventude é entendida como atitude e comportamento. Com um repertório que atravessa gêneros e gerações, o bloco acolhe todos os tipos de foliões e, hoje, é um dos maiores blocos do carnaval brasileiro.

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Em 2024, mais de 500 mil pessoas acompanharam o desfile, consolidando o Quando Come Se Lambuza como um dos mais aguardados da programação carnavalesca. Neste ano, a expectativa é de que a multidão supere os números anteriores.

Bloco Leão da Lagoinha, criado em 1947, desfilou pela Avenida Afonso Pena no carnaval de 1958 Arquivo EM - 1/2/1958
O Bloco dos 10 Unidos em desfile pelas ruas do Bairro Santa Tereza Arquivo EM
"Milhares de pessoas fogem do carnaval", mostrava título de reportagem em 12 de fevereiro de 1961 Estado de Minas/Reprodução
"A maior festa popular já realizada na capital. Enorme multidão aplaudiu as sereias cariocas", informava a edição de 14 de fevereiro de 1947 Estado de Minas/Reprodução
No fim dos anos 50, o carnaval migrou novamente para os clubes de BH Estado de Minas/Reprodução
Fantasias que embalavam os carnavais dos primeiros anos da década de 60 Estado de Minas/Reprodução
Batalha Real durante o carnaval de rua de BH em 1957 Arquivo EM - 28/02/1957
Nos anos 1940, muitos bailes migraram das ruas para os clubes, como o Automóvel Clube Arquivo EM
Carro do bloco caricato "Crockets" durante o desfile no Centro de BH em 1967 Arquivo EM - 1967
Desfile do bloco caricato "Boca Branca" pela Avenida Afonso Pena, no fim dos anos 60 Arquivo EM - 21/02/1963
Desfile do bloco caricato "Galas do Ritmo", do Bairro Horto, quando desfilavam pela Avenida Afonso Pena Arquivo EM - 19/02/1968
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