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SAÚDE PÚBLICA

Lixo acumulado nas ruas causa mau cheiro e transtornos no Centro de BH

Pilhas de resíduos se formam nas calçadas durante o período noturno, antes da agem do caminhão de coleta

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Quem anda a pé pelo Centro de Belo Horizonte durante a noite já deve ter se deparado com pilhas de lixo acumuladas nas calçadas, pouco antes da agem do caminhão de coleta. Além da poluição visual, os resíduos exalam forte mau cheiro e atraem pragas, como ratos e baratas. “Toda noite são pilhas e pilhas de lixo, sim, do lado de fora. E os condomínios são responsáveis por isso”, diz o artista Bernardo Franco, de 28 anos, morador da região. 

Um dos pontos onde há grande acúmulo de lixo é na Avenida Augusto de Lima, em frente ao Edifício Maletta. A reportagem do Estado de Minas esteve no local na última terça-feira (1/3), por volta das 21h40, exatamente no momento em que o caminhão de coleta ava pela via, e presenciou a retirada de uma montanha de resíduos.

“Sempre me deparei com o lixo do (Edifício) Maletta ali; acho que é a maior concentração nessa região do centro”, confirma Franco. Durante a visita, porém, foi possível perceber que nem todos os resíduos acumulados no local eram provenientes daquele condomínio: um funcionário de um sacolão instalado em um imóvel vizinho também descartou grande volume de lixo na pilha formada na calçada. 

A reportagem entrou em contato com a istração do Edifício Maletta. O síndico, Amauri Reis, afirma que o condomínio segue à risca a recomendação da prefeitura e posiciona os resíduos na calçada a partir das 19h, para que sejam recolhidos. “Temos 1.107 unidades, então é um volume grande de lixo mesmo”, pondera.

De acordo com o gestor, os condôminos são orientados a não depositar lixo em via pública antes das 19h, e pessoas que flagrarem acúmulo irregular na calçada podem procurar o condomínio, que tem autoridade para aplicar multas em lojistas e moradores infratores. Ele garante que, antes de irem para a rua, os resíduos ficam armazenados em um contêiner posicionado na área interna do prédio. 

Também contatada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou que, a partir das 19h, os resíduos podem ser expostos para a coleta, devidamente acondicionados na calçada, “para que fiquem o menor tempo possível no eio até a chegada do caminhão”. Ainda segundo a PBH, a coleta domiciliar em toda a região central da capital mineira é feita diariamente, no período noturno, a partir das 20h.

Especificamente sobre o Edifício Maletta, a Secretaria Municipal de Política Urbana informou que, após uma vistoria, notificou o condomínio “por deixar de efetuar a limpeza das áreas e das entradas e serviços comuns; por acondicionar inadequadamente os resíduos sólidos; e por apresentar os resíduos sólidos domiciliares à coleta pública regular fora do dia e horário estabelecidos”. O órgão destacou que uma nova vistoria será realizada futuramente. O síndico do Edifício Maletta reconheceu a notificação, mas ressaltou que ela foi emitida antes da aquisição do contêiner citado, que teria regularizado a situação. 

Possíveis soluções 

Uma iniciativa que poderia minimizar o problema seria a instalação de contêineres específicos para o lixo, de modo a mantê-lo mais isolado de pragas e da própria população. “O problema é que não há um local certo nas calçadas para depositar esse lixo”, opina Franco. 

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O artista chama a atenção para outra questão: a ausência de coleta seletiva residencial no Hipercentro de Belo Horizonte. A PBH confirmou à reportagem que não disponibiliza esse serviço na região. “A coleta seletiva, eu acho que melhoraria muito esse problema”, pontua. “É tanto produto que poderia ser reciclado, mas que não está sendo por todos esses condomínios”, acrescenta.

A falta do serviço de coleta seletiva acaba gerando um problema adicional: em busca de materiais recicláveis, alguns catadores abrem os sacos posicionados nas calçadas, deixando o lixo exposto. “Eu e minha vizinha até tentamos fazer alguma coisa e entregar diretamente os recicláveis para alguns moradores de rua, que também são coletores”, relata Franco. “Ao mesmo tempo, é um serviço necessário, se a gente pensar que a maior parte da reciclagem é feita por esses mesmos catadores”, conclui o morador.

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