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LUTO

Morre aos 53 anos o chef de cozinha Kleber Antonio do Nascimento

Profissional é encontrado morto em apartamento nessa terça-feira, 8/4, em Tiradentes

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O chef de cozinha Kleber Antônio do Nascimento, de 53 anos, foi encontrado morto em um apartamento em Tiradentes, no Campo das Vertentes, na manhã dessa terça-feira (8/4). A causa da morte do dono do restaurante Sabor Rural provavelmente foi um infarto. Em dois meses, Kleber é a quinta morte na gastronomia mineira. 

O velório aconteceu no mesmo dia, no povoado Caixa D’Água da Esperança, e contou com a presença de diversos moradores. O chef era casado e deixa uma filha, Gabriela, que entrou em trabalho de parto na terça-feira. Seria o primeiro neto de Kleber.

Érica Paiva era amiga do chef. De acordo com ela, no último sábado (5/4), Klebinho – como era conhecido – saiu com colegas para um bar, como de costume. À noite, ele foi para um apartamento próximo à Praça Largo das Forras. De acordo com Érica, a última vez em que foi visto pelos amigos foi por volta das 21h.

Ela conta que o “braço direito” de Kleber estranhou o “sumiço” e começou a procurá-lo. O corpo foi encontrado por ele nesta terça-feira. O dia exato da morte ainda é incerto. Mas sabe-se que a última visualização de mensagens no celular dele foi às 4h de segunda-feira (7/4).

Érica ressalta a importância de Kleber para Tiradentes: “Ele era uma pessoa extraordinária. Conhecia todos e tratava todo mundo bem. Ele não criou apenas um restaurante, mas uma marca para a cidade. As pessoas chegam a Tiradentes querendo experimentar a comida, o frozen de caipirinha, levar as crianças no ‘trenzinho’ que ele criou”, diz.

Ela também contou que o velório aconteceu em um centro comunitário. Lá, amigos e conhecidos prepararam lanches e ofereceram cachaça para quem fosse se despedir. Em carreata, moradores, familiares, amigos e conhecidos aram pelo restaurante e em frente ao apartamento onde o chef morreu, seguindo o carro fúnebre. O destino final foi a Igreja Gaspar, onde aconteceu o enterro.

Paixão por Tiradentes

Luiz César Costa, colega de profissão e dono do Luth Bistrô, também era amigo de Kleber. Segundo ele, a relação entre os dois começou a partir de uma parceria: Kleber era patrocinador do jornal “Me Guia Tiradentes”, produzido por Costa e hoje extinto.

Ainda de acordo com Luiz, o chef era uma pessoa inovadora e apaixonada pela cidade histórica: “Ele participava de tudo que era bom para a cidade. Participava na área da gastronomia e como morador também, por diversão – como nas quadrilhas, por exemplo. Era apaixonado por Tiradentes e pela vida”, relata.

“Quem não conhece o frozen de caipirinha do Sabor Rural ou o tonel de cachaça que eles colocavam nos eventos de Tiradentes? O povoado de Caixa D’Água da Esperança, onde ele cresceu, é impossível mencionar sem lembrar dele”, comenta.

Assim como Luiz, Érica também afirma que Kleber participava de muitos eventos na cidade. Ela lembra do Banquete da Inconfidência – comemoração em que vários bares e restaurantes doam pratos que são servidos gratuitamente em uma grande mesa. A próxima edição acontece em 23 de abril, e o profissional será homenageado.

Gastronomia mineira

Antes de Kleber, nos últimos dois meses, quatro chefs de cozinha brasileiros morreram. Kleber é a quinta perda recente na gastronomia.

Em 8 de fevereiro, ocorreu a primeira perda: Paulo Yoller, de 36, dono da hamburgueria CJ’s Burger, na Savassi, em Belo Horizonte. A causa da morte não foi divulgada.

Desde os 15 anos, Yoller já sabia qual carreira queria seguir. Ele fundou a hamburgueria Meatz, com unidades em São Paulo e Minas Gerais. Antes disso, adquiriu experiência na culinária italiana e chefiou o Butcher’s Market.

Em 17 de março, o belo-horizontino Thiago Chiericatti morreu, por motivos ainda desconhecidos, também aos 36. Conhecido por reinventar pratos clássicos e por suas apresentações ousadas, Chiericatti tinha 15 anos de carreira. No Brasil, liderou cozinhas renomadas, como as do Ouro Minas Palace Hotel e do restaurante Galpão Topo do Mundo. Ele foi indicado ao prêmio Chef Dolma, em 2016, e recebeu o título de chef embaixador de Minas Gerais, em 2019.

Dois dias depois da morte de Chiericatti, em 19 de março, morreu Marcelo Aparecido, de 30, na cidade do Serro, na Região Central do estado. No início de sua trajetória, ele estava à frente da Hamburgueria Artesanal Chapas Burguer. Marcelo era portador de anemia falciforme e, com a piora do quadro, veio a óbito.

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Na quinta-feira ada (3/4), a chef Franciene Corlaiti Garcia foi a quarta perda na gastronomia mineira. Ela era dona da hamburgueria Benedictus Gourmet, famosa no Bairro Miramar, na Região do Barreiro, em BH. Segundo o portal Barreiro Notícias, Franciene sofreu uma parada cardíaca. Chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Regina Werneck

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