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Quadrilha de Goiás dá golpe em 67 mineiros e tem R$ 1 milhão bloqueado

Organização criminosa especializada em estelionato virtual e lavagem de dinheiro sediada em Goiânia (GO) foi alvo de operação da Polícia Civil

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Uma organização criminosa especializada em estelionato virtual e lavagem de dinheiro sediada em Goiânia, no estado de Goiás, aplicou golpes em pelo menos 67 mineiros, informou a Polícia Civil (PCMG) em coletiva à imprensa na tarde desta terça-feira (29/4). Entre os métodos utilizados pela quadrilha para obter quantias de forma indevida estão anúncios falsos de produtos na internet e ligações para as vítimas se ando por parentes de filhos ou companheiros delas a fim de pedir dinheiro.

Conforme o delegado Thiago Machado, a instituição policial representou pela prisão de 17 pessoas, mas a Justiça não acatou os pedidos. O poder judiciário, no entanto, autorizou o bloqueio judicial de até R$ 1 milhão em mais de 100 contas bancárias utilizadas pela quadrilha. “Todo esse valor é produto do crime de lavagem de dinheiro”, frisou Machado. Segundo ele, cerca de 20 vítimas são idosas.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO/DEOESP), teve início com levantamentos por meio do Sistema Estadual de Inteligência e Segurança Pública (SEISP). “Trata-se de um sistema estadual composto pelos órgãos de inteligência das nossas forças policiais. Com as análises, encontramos até agora 67 boletins de ocorrência em que as vítimas relatam os prejuízos que tiveram. Todas elas são de Minas Gerais”, explicou o delegado.

A PCMG, com apoio da Polícia Civil de Goiás, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em Goiás, sendo 16 em Goiânia e outro em Morrinhos, no interior do estado. Outro mandado foi cumprido em Paraíso do Tocantins (TO). Na residência de um dos indivíduos suspeitos foram encontrados mais de 100 chips de telefone.

Como acontece o golpe?

O golpe acontece quando o criminoso se a por um parente de um filho ou companheiro da vítima a fim de pedir dinheiro. “A pessoa que está na ligação alega estar ando por dificuldades ou enfrentando alguma situação de emergência. Com isso, a vítima acaba sendo induzida a erro”, contou o delegado.

A outra maneira de aplicar o golpe é por meio de anúncios falsos no Instagram. “A vítima é induzida a fazer o pagamento via Pix. Os criminosos também anunciam na OLX, utilizando imagens de anúncios publicados por outras pessoas”, completou o delegado, acrescentando que nenhum dos criminosos identificados tem profissão formal. “Eles esbanjam, por exemplo, viagens caras nas redes sociais e carros de valor elevado.”

Uso de “laranjas”

Incluindo os 17 indivíduos que a Polícia Civil não conseguiu obter na Justiça os mandados de prisão, o grupo criminoso conta com cerca de possíveis 50 suspeitos. “Tirando aqueles que tentamos prender, o resto é formado por laranjas, mas que, em alguns casos, podem ter tido o nome usado indevidamente sem saber, o que não implicaria em crime. Porém, há muitos outros que recebiam R$ 250 a fim de fornecer o nome para determinada operação”, finaliza. A investigação prossegue para apontar as responsabilidades e chegar ao número exato de suspeitos.

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