Justiça torna réus suspeitos de roubar e matar ciclista mineiro em SP
Jeferson de Souza, apontado como piloto da moto usada no crime; e Erick Benedito Veríssimo, que teria atirado na vítima, estão presos preventivamente
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Siga noO Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tornou réus dois homens acusados de latrocínio contra o ciclista mineiro Vitor Medrado. A decisão aceita a denúncia do promotor Cassio Conserino do Ministério Público (MP). O crime ocorreu no dia 13 de fevereiro deste ano, no Bairro do Itaim Bibi, na Zona Oeste da capital paulista.
Vitorde, 46 anos, atuava como mentor esportivo e prestava assessoria para outros ciclistas. Ele costumava pedalar na região do Parque do Povo, onde o crime, foi cometido.
O ciclista foi abordado por dois homens enquanto pedalava na Rua Brigadeiro Haroldo Veloso. Uma câmera de segurança registrou o assalto.
Nas imagens, é possível ver o momento em que dois homens em uma moto se aproximam do mineiro e disparam contra sua cabeça. Em seguida, um dos suspeitos pega os pertences da vítima e foge.
Medrado foi socorrido e encaminhado para o Hospital das Clínicas, mas morreu na unidade. O caso foi registrado como latrocínio — roubo seguido de morte— no 14º DP (Pinheiros).
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Conforme a denúncia do MP, o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, está previsto no artigo 157, parágrafo 3º, inciso II do Código Penal. "Se condenados, os denunciados poderão ainda ter sua pena aumentada por ter praticado o crime por motivo fútil", diz a acusação.
Em março deste ano, dois homens foram presos preventivamente suspeitos de participar do crime. Foram identificados pela Polícia Civil, após análise das imagens da câmera de segurança, Jeferson de Souza, de 28 anos, identificado como piloto da moto usada no ocorrido; e Erick Benedito Veríssimo, de 20, suspeito de atirar no ciclista.
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A Justiça, em sua decisão, concordou com o pedido da Promotoria para mantê-los presos preventivamente durante o processo. "O caso provoca perplexidade intensa diante da conduta aparentemente adotada pelos acusados. Mataram a vítima como quem espreme uma formiga com seu dedo polegar. Não há o menor laivo indicativo de sentimento de humanidade perante um semelhante", disse o juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata