MG aprova 227 agentes de segurança socioeducativos; sindicato critica
A expectativa, de acordo com o governo estadual, é de que novas nomeações ocorram gradualmente, durante a vigência do concurso
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Siga noMinas Gerais agora tem 227 novos agentes de segurança socioeducativo. O governo do estado oficializou, nessa terça-feira (20/5), a nomeação dos candidatos aprovados em concurso. O Sindicato dos Agentes de Segurança Socioeducativo (Sindsisemg) alega que o número não é suficiente para atender às demandas e reclama das condições de trabalho.
Inicialmente, o governo informou que a convocação incluía 170 nomeações. Mas o número foi ampliado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), que contemplou 57 candidatos a mais.
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A expectativa, de acordo com o governo, é de que novas nomeações ocorram gradualmente, durante a vigência do concurso, conforme as necessidades operacionais e a viabilidade istrativa do sistema socioeducativo mineiro.
A gestão ainda destacou que está empenhada em dar continuidade às nomeações no menor tempo possível, sempre em conformidade com as diretrizes fiscais e orçamentárias vigentes.
Demora
Por outro lado, o vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Socioeducativo (Sindsisemg), José Alencar, reclamou da demora para a concretização do concurso atual. Segundo ele, o último havia ocorrido em 2013.
Alencar disse que o número de vagas ofertadas é insuficiente em relação à alta demanda da área: “Temos um quadro deficitário de agentes muito grande. Hoje nós temos aproximadamente quase 1.200 vagas deficitárias no sistema socioeducativo. E, em 2022, o governo lança esse concurso, um edital com 270 vagas. Mas esse número foi em decorrência de uma luta que nós tivemos que travar, porque inicialmente seriam 85 vagas”, conta.
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O vice-presidente alega que as aprovações não serão suficientes para suprir as necessidades da profissão. José Alencar reclamou também sobre a situação das unidades de trabalho: “A maioria das unidades continuam tendo graves problemas de segurança dentro das unidades”, diz.
Paralelamente às nomeações, o Estado informou que tem investido no setor. Em 2024, o aporte destinado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) para melhorias em unidades de semiliberdade e centros de internação provisória alcançou R$ 261,5 milhões.
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A afirmação feita pelo Governo de Minas sobre os valores investidos na área foi questionada pelo representante do sindicato: “Gostaríamos de saber onde e como foram investidos esses R$ 261 milhões. A grande maioria das unidades estão caindo aos pedaços, com uma infraestrutura péssima, sem condições de receber adolescentes. Viaturas completamente sucateadas. Em serviço, levei um adolescente para atendimento médico às pressas e eu tive que ir sem cinto de segurança porque o cinto da viatura não funcionava”, relata.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino