O Governo de Minas Gerais decretou, nesta sexta-feira (2/5), situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. O decreto do Governo Estadual, que já está em vigor, foi assinado pelo governador Romeu Zema (Novo) e tem validade de 180 dias. 

De acordo com o documento publicado, a medida foi motivada pelo aumento de diagnósticos pediátricos, principalmente em crianças menores de 5 anos, “com taxas acima da média estadual em várias regiões, como Montes Claros, Governador Valadares, Januária, Diamantina, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte”.

O texto ainda afirma sobre a necessidade de “reorganização imediata da rede de atenção e intensificação das ações de vigilância e prevenção”. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) será responsável em estabelecer diretrizes gerais “para a execução das medidas de enfrentamento da Situação de Emergência em Saúde Pública, podendo, no âmbito de suas competências, editar normas complementares para a fiel execução do dispositivo neste decreto”.

O decreto prevê a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG), que vai atuar na coordenação e monitoramento das ações durante o período de emergência. De acordo com a pasta da saúde, a ação é mais um desdobramento da preparação conduzida desde o ano ado, com foco no enfrentamento das doenças respiratórias típicas do outono e inverno.

Segundo o governo estadual, até o dia 30 de abril, Minas Gerais havia registrado 26.786 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave e 334 mortes em 2025. Crianças de até 1 ano e idosos acima de 60 anos concentram a maioria das internações, sendo 2.587 internações do primeiro grupo e 15.130 do segundo. No mesmo período do ano ado, esse número foi de 26.926, sendo 2.941 de bebês de até um ano, e 15.379 de pessoas com 60 anos ou mais. A SES-MG informou que, de janeiro a abril de 2025, foram notificados 334 mortes por SRAG no estado. No mesmo período de 2024, foram 862.

Situação de emergência na capital mineira 

Na última quarta-feira (30/4), Belo Horizonte decretou situação de emergência devido ao aumento de doenças respiratórias no município. De acordo com a prefeitura, houve uma maior procura para internações hospitalares entre crianças de 1 a 4 anos.

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Entre 23 e 29 de março, foram 123 solicitações. Já no período de 20 a 26 de abril, as solicitações aram para 278. A PBH ainda anunciou abertura de 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, sendo 20 no Hospital Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia. 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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