A Justiça condenou o padre Reginaldo Cordeiro de Lima, da Paróquia Divino Espírito Santo, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, a 1 ano e 6 meses de reclusão por importunação sexual. O crime ocorreu em 29 de setembro de 2021, dentro da casa paroquial do Bairro Planalto. A vítima é uma mulher que, na época, tinha 19 anos.

O religioso cumprirá a pena em regime aberto. A sentença é do juiz Nalbernard de Oliveira Bichara, da 2ª Vara Criminal de Montes Claros, e prevê também pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade.

Ao oferecer a denúncia à Justiça, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirmou que a vítima procurou orientação espiritual com o religioso, pois estava com sua fé abalada na crença católica.

Na ocasião, ele a convidou para conhecer os cômodos da residência paroquial. Dentro de um quarto, Reginaldo trancou a porta e, segundo a promotoria, abraçou e beijou a jovem na ponta do nariz e na boca, sem o consentimento dela.

Antes de o Ministério Público denunciar Reginaldo, a Polícia Civil, ao concluir a investigação, destacou que a vítima ficou “atordoada com a situação”. Ao tentar sair, ela percebeu que a porta estava trancada.

Ainda segundo a corporação, antes de ir embora, o padre pediu sigilo sobre o ocorrido, dizendo que se tratava apenas de uma demonstração de carinho.

"Certeza da inocência"

A defesa de Reginaldo alegou, no processo, que a acusação teria sido motivada por “um distúrbio biológico que acometeu diversas pessoas durante a pandemia da COVID-19”.

Em nota, o advogado do padre, Ernesto Queiroz de Freitas, informou que recorreu da sentença. "Apelei na certeza da inocência do meu cliente", declarou.

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A Arquidiocese de Montes Claros preferiu não se pronunciar.

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