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VIOLÊNCIA DE GÊNERO

'Quem me batia era ela', diz Alberto Fernández sobre denúncia da ex-esposa

Ex-presidente argentino nega violência física e psicológica, e acusa Fabiola Yáñez de falso testemunho. Se for julgado, ele pode ser condenado a até 18 anos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández compareceu ao tribunal nesta terça-feira (4/2) no caso de violência de gênero contra sua ex-companheira Fabiola Yáñez e voltou a alegar inocência. Segundo sua versão, ele é quem era agredido pela esposa.

"Em momentos de embriaguez, ela se tornava violenta, atacando-me com força singular. Eu só conseguia manter suas mãos longe de mim para evitar seus golpes", afirma Fernández em uma carta de 200 páginas em que rejeita as acusações do processo e pede absolvição – ele publicou o documento em suas redes sociais.

"Hoje apresentei minha defesa em um caso que é uma fraude processual sem precedentes. Depois de muitos meses de silêncio, quero que vocês saibam o que tenho a dizer", diz Fernández em um prólogo da carta.

O ex-presidente argentino é acusado de "lesões leves duplamente agravadas por terem sido cometidas por meio de violência de gênero e contra sua então parceira", além do crime de coerção, por supostamente impedir que as agressões fossem denunciadas.

Fernández diz na carta que nunca exerceu violência física, psicológica ou econômica contra Yáñez e que nunca limitou suas amizades. "Devo dizer que, se alguém foi agredido no casal, esse alguém fui eu. Se alguém teve que ar insultos e maus-tratos no casal, esse alguém fui eu", acrescentou.

Segundo o ex-presidente, o processo é fruto de uma injustiça do juiz e do promotor responsáveis pelo caso. "Fizeram todo o necessário para limitar meu direito de defesa e, assim, induzir-me a me declarar culpado", afirmou. Durante a audiência, ele não respondeu perguntas e ouviu a acusação de ter causado lesões em pelo menos duas ocasiões à sua então companheira.

O caso  

Em 6 de agosto de 2024, a ex-primeira-dama denunciou Fernández, com quem tem um filho de 2 anos, por violência física e psicológica. "Alberto Fernández exerceu sistematicamente violência psicológica contra Fabiola Yáñez na forma de assédio, intimidação, controle, indiferença, insultos, culpabilização, maus-tratos, retirada da fala, negação e hostilidade", afirmou o promotor.

Fernández nega as acusações e acusa Yáñez de falso testemunho. Os promotores já haviam coletado provas do telefone da secretária particular do ex-presidente, Maria Cantero, com fotografias enviadas a ela por Yáñez mostrando a ex-primeira-dama com hematomas no rosto e no corpo. Ambas já testemunharam perante o tribunal.

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Se a acusação for bem-sucedida e o caso for a júri, Fernández poderá ser condenado a até 18 anos de prisão. O juiz do caso, Julian Ercolini, é o mesmo que processa outra queixa contra o ex-presidente por suposta fraude de seguro durante seu mandato ?caso no qual Fernández testemunhou em novembro ado e que ainda não foi levado a julgamento. Nesse processo, o ex-presidente questionou o magistrado por suposta parcialidade, um pedido que ainda está pendente de resolução.

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