
'Pensei que tinha me comido', diz caiaquista 'engolido' por baleia no Chile
Tudo aconteceu perto do litoral de Punta Arenas, cidade a 2.200 km ao sul de Santiago; veja o que o sobrevivente contou sobre a louca experiência
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Siga noUm jovem que se deslocava em um caiaque ao lado de seu pai nas águas do Estreito de Magalhães, no extremo sul do Chile, foi brevemente capturado pelas mandíbulas de uma baleia jubarte antes de ser cuspido, um momento que foi registrado em vídeo.
"Sinto algo entre o azul e o branco que a perto do meu rosto, e é como se fosse de um lado e de cima. Não entendi o que estava acontecendo e então afundei e pensei que [a baleia] tinha me comido", relatou Adrián Simancas, de 24 anos, de origem venezuelana, ao canal TVN.
O episódio aconteceu na semana ada perto do litoral de Punta Arenas, cidade situada 2.200 km ao sul de Santiago, capital do Chile, na baía El Águila.
O vídeo se tornou viral esta semana. O pai de Simancas estava próximo em outro caiaque e gravou o momento. Mais tarde, postou o vídeo nas redes sociais.
"Quando me viro não vejo nada, não vejo Adrián. Esse foi o único momento realmente assustador que tive, porque não o vi por uns três segundos. E de repente ele aparece assim rapidamente", descreveu Dell Simancas à emissora chilena.
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Ao avistá-lo, agarrado ao barco inflável, o pai lhe diz: "Ei! Agora vem, vem. Calma, pega o barco, pega, pega. Não sobe. [...] Vai para a margem."
Enquanto isso acontece, o cetáceo continua se movendo por trás, mas sem apresentar perigo aparente para pai e filho.
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Depois do incidente, Adrián foi levado até a margem por seu pai, onde comprovaram que não estava ferido, por isso não foi necessário ir para um hospital.
Especialistas explicam que a baleia não conseguiria engolir o jovem caiaquista, considerando que esta espécie tem uma garganta pequena, de menos de 40 cm de diâmetro.
"Ao que parece, o caiaque estava justamente na área de alimentação [de krill ou peixes]" da baleia, explicou à AFP a bióloga marinha e acadêmica da Universidade do Chile, María José Pérez.
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Por isso se vê como ela "emerge na superfície de lado, com a boca aberta, já que provavelmente estava se alimentando".
"Esses eventos são muito pouco frequentes e aconteceram na presença de embarcações silenciosas, como os caiaques, que, dado que a baleia estava em outra atividade, provavelmente não notou sua presença", afirmou.