Internacional

Incêndio continua após colisão de petroleiro com cargueiro no Mar do Norte

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O incêndio provocado pela colisão ente um cargueiro e um petroleiro no Mar do Norte na segunda-feira em frente ao litoral da Inglaterra continuava na manhã desta terça-feira (11), enquanto o incidente gerava temores de um grande desastre ecológico. 

"O incêndio durou toda a noite e ainda continua na manhã desta terça", declarou à AFP Martyn Boyers, diretor do porto de Grimsby, não muito distante do local do incidente no qual um dos tripulantes do cargueiro desapareceu. 

O petroleiro "Stena Immaculate", fretado pelo Exército americano, estava ancorado a 16 quilômetros da cidade de Hull em Yorkshire, na costa oeste do Reino Unido, quando foi atingido pelo navio porta-contêineres "Solong", em circunstâncias ainda desconhecidas. 

O cargueiro, com bandeira portuguesa, transportava uma quantidade indeterminada de álcool e quinze contêineres de cianeto de sódio, um gás inflamável e altamente tóxico, segundo o site especializado Lloyd's List Intelligence, especializado em transporte marítimo. 

A colisão provocou um grande incêndio. Um dos tanques do "Stena Immaculate", que continha querosene, se rompeu, o que provocou um vazamento e gerou temores de importantes danos ambientais. 

A busca por um membro da tripulação do cargueiro desaparecido do navio de carga foi suspensa durante a noite e ainda não foi confirmada se será retomada.

O desaparecido era um dos quatorze membros da tripulação do cargueiro.

Um total de 36 membros das duas tripulações foram levados ao litoral em bom estado de saúde. 

- "Incêndios do inferno" -

A colisão foi a principal notícia em todos os jornais britânicos nesta terça-feira. 

"Catástrofe", intitulava o The Mirror, enquanto o The Sun falava de "Incêndios do inferno". O Daily Mail se perguntava "Como pode um barco que transportava cianeto de sódio colidir contra um petroleiro cheio de querosene para o Exército americano em plena luz do dia?". 

O Daily Telegraph citava uma fonte governamental que disse que não há evidência neste momento de que o incidente fosse de natureza criminosa, embora não pudesse descartar tal possibilidade. 

Um porta-voz de Downing Street disse que a situação ambiental era "extremamente preocupante" e a guarda-costeira iniciou "uma avaliação" para decidir "as medidas contra a contaminação provavelmente necessárias". 

Tom Webb, professor de ecologia marinha na Universidade de Sheffield, disse que a área onde ocorreu a colisão é conhecida por sua rica vida silvestre. 

"A contaminação química resultante de incidentes desse tipo pode ter um impacto direto nas aves e também pode ter efeitos a longo prazo na cadeia alimentar marinha", explicou.

- "Perigos tóxicos" -

A ONG Greenpeace também alertou sobre os "múltiplos perigos tóxicos" do acidente "para a vida marinha". 

"O querosene que penetrou na água perto de uma zona de reprodução de focenídeos é tóxico para os peixes e outras criaturas marinhas", disse Paul Johnston, principal cientista dos Laboratórios de Pesquisa do Greenpeace na Universidade de Exeter. 

O "Stena Immaculate" pertencia à sociedade sueca Stena Bulk. Com 183 metros de comprimento, entrou em operação em 2017 e, segundo o site Lloyd's List Intelligence, transportava 220.000 barris de querosene. 

O petroleiro havia zarpado em 27 fevereiro do porto grego de Agioi Teodori, com destino a Killinghome, no norte da Inglaterra. 

Um porta-voz militar americano informou que o petroleiro estava fretado "temporariamente pelo Military Sealift Command", um serviço das Forças Armadas que opera navios com tripulação civil para o Departamento de Defesa. 

O porta-contêineres havia saído no início da segunda-feira do porto escocês de Grangemouth em direção à cidade holandesa de Roterdã. 

Em um pub da localidade costeira de Grimsby, o ex-marinheiro Paul Lancaster afirmou na segunda-feira à noite não entender "como dois barcos tão grandes pudessem colidir". "Deve ter havido um problema de engenharia importante", afirmou à AFP.

bur-alm-psr/zm/dd

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